sexta-feira, 18 de outubro de 2013

"Orçamento terá ´graves repercussões` no Superior"

«Em declarações ao Económico, o presidente do Conselho de Reitores reage aos cortes no Superior previstos no Orçamento para 2014.

Docentes com cortes salariais aplicados a dobrar, instituições sem verba para assegurar o pagamento de todas as responsabilidades até ao final do ano que terão "graves repercursões no funcionamento". O presidente do Conselho de Reitores (CRUP), António Rendas, alerta que este é o cenário que poderá resultar da aplicação do Orçamento do Estado 2014 nas instituições de ensino superior. Um cenário que resulta do facto de, pela primeira vez na história, a tutela não ter falado com os responsáveis das instituições de ensino superior antes de apresentar a versão final do documento. 
"As últimas informações que tivemos foram de um corte adicional de 0,9% nas transferências para as instituições" e desde então da tutela só o silêncio, afirma António Rendas.
Em declarações ao Económico, o presidente do CRUP diz ter ficado "surpreendido com o facto de, pela primeira vez, o orçamento não ter sido mostrado previamente aos Conselho de Reitores".
"Neste momento as instituições ainda não sabem que orçamento terão no próximo ano", lamenta. "Estamos a analisar o relatório que ainda não nos foi enviado formalmente", acrescenta. O que se conclui é que haverá um corte de 7,6%, acrescenta. O que vai muito para além da aplicação do corte salarial para a função pública.
Esta falta de diálogo, antes da apresentação da versão final do OE 2014, poderá ter consequências imprevisíveis na sua aplicação. Tal como aconteceu em 2011 poderão não ter sido acautelados casos em que docentes e investigadores terão "o corte salarial duas vezes", alerta António Rendas.
Apesar no relatório do OE 2014 se manifestar a intenção de cumprir as metas europeias da Agenda 2020, António Rendas avisa que com estas verbas dificilmente se conseguirá atingir a meta contratatualizada de ter 40% dos jovens com diplomas de ensino superior dentro de seis anos, já que actualmente Portugal fica-se pelos 27%.»

(reprodução de notícia Económico online, de 17 de Outubro de 2013)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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