segunda-feira, 8 de março de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (9)

A nota mais negativa a extrair da reunião de hoje terá sido o modo como o órgão se deixou fazer refém do veto concedido aos estudantes membros do CG, em sede de assembleia estatutária, em matéria de escolha do provedor do estudante. Quando deveríamos ter um provedor dos estudantes, teremos muito verosimilmente um provedor da associação académica. Sempre se poderá dizer que é um provedor à experiência. Entretanto, melhor seria que a experiência resultasse boa, até por ser a primeira.
Daqui também se poderá retirar a ilação sobre quanto é difícil construir um projecto novo com protagonistas velhos e estatutos amassados por gente informada por valores do tempo da pedra lascada. Nascendo-se já velho, será muito difícil alguma vez se chegar a novo.
Na agenda da reunião constava também a discussão de um diagnóstico da situação dos serviços centrais da Instituição apresentado pelo reitor. A qualidade do diagnóstico feito não desmereceu da qualidade existente da organização dos serviços e respectiva prestação. Fica portanto, no mesmo passo, questionada a eficácia da reestruturação dos serviços que se pretende concretizar. O reitor parece não ter gostado de ouvir os reparos que foram feitos ao diagnóstico elaborado e ao processo que conduziu a tal resultado. Por mim, assiste-me a dúvida sobre se o funcionamento deficiente dos serviços é consequência da ineficiência e desqualificação funcional dos trabalhadores ou da (in)competência dos respectivos dirigentes.

J. Cadima Ribeiro

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