sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"Praxe"

«Caros colegas:
 
Desde já as minhas desculpas a quem este assunto não interessa.
 
De facto, quando começou aqui o curso de Psicologia e Medicina mais tarde, eu pensei esperançada que  ao menos estes não iriam aceitar alinhar nesta vergonha .
Enganei-me bem enganada. Foi sol de pouca dura.
 
Para além de tudo o mais, o que me custa é depois ter de dar aulas aos praxantes como se fosse normal. É como vermos alguém a roubar na rua e depois irmos ao banco e sentarmos-nos com essa pessoa vê-la e fazer de conta que não se passou nada.
Há uns anos tivemos uma longa troca de mails sobre este assunto e jovens colegas docentes achavam que estávamos a exagerar, a praxe era boa e divertida.
Quando eles levarem uns encontros imediatos de 3º grau com uns destes personagens a "integrarem" os vossos filhos, então talvez pensem diferentemente. Mas provavelmente as queridas crianças até estarão felizes por serem praxadas porque até  é divertido.
 
Já tive experiência de defender uma aluna praxada e ela passou a ser a causadora do  problema e não o contrário, quando o assunto subiu ao Conselho Académico, onde tinham assento um número considerável de alunos ( homens).
 
Envergonhada com esta história toda!
 
Filomena Louro»

(reprodução de mensagem, distribuída universalmente na rede da UMinho, que nos caiu entretanto na caixa de correio eletrónico)

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