domingo, 19 de junho de 2016

"Universidades e politécnicos serão avaliados por agência de acreditação"

«As universidades e os institutos politécnicos vão ser avaliados, em 2017, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), informou hoje o seu presidente, assinalando que as avaliações serão feitas "como um todo", e não curso a curso.

O presidente da A3ES, Alberto Amaral, falava aos jornalistas, em Lisboa, no final da conferência 'Refletir sobre o passado e o futuro da avaliação e acreditação do ensino superior em Portugal', com a participação do ministro e da secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.
O ex-reitor da Universidade do Porto explicou, introduzindo a medida como "uma novidade", que a A3ES, em vez "avaliar curso a curso", num total de mais de 5.000, irá avaliar o funcionamento de 150 universidades e institutos politécnicos existentes em Portugal, públicos e privados, "como um todo", tendo em conta, nomeadamente, as acreditações dos cursos emitidas.
A avaliação institucional antecede o segundo ciclo de acreditação e avaliação de cursos pela A3ES, que se inicia em 2018, com uma duração de cinco anos. O primeiro, que começou em 2009, termina em 2016.
Alberto Amaral adiantou que, para as universidades e os institutos politécnicos com "um bom passado de qualidade", a avaliação dos cursos em funcionamento será feita, a partir de 2018, com base numa amostra.
Em contrapartida, para as instituições "mais frágeis", serão "avaliados todos os cursos".
Trata-se, de acordo com o presidente da A3ES, de premiar as melhores instituições de ensino superior com um "sistema de avaliação de cursos mais simplificado e flexível".
Uma outra alteração no processo de avaliação de cursos, mas ainda "em discussão", sublinhou, será fazer uma maior distinção entre o ensino universitário (formação mais científica) e politécnico (formação técnica especializada), o que implicará que as "avaliações terão de ser diferentes".
O dirigente da A3ES concorda, no entanto, que os institutos politécnicos possam atribuir doutoramentos, de caráter profissional, em ligação com as empresas, "desde que tenham capacidade para o fazer" e haja "uma avaliação exigente".
A ideia, sobre a qual o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas revelou reservas, alegando a especificidade das instituições, tem sido defendida pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
Atualmente, os doutoramentos constam exclusivamente do ciclo de estudos das universidades.»

(reprodução de notícia NOTÍCIAS AO MINUTO online, de 17 de junho de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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