domingo, 26 de junho de 2016

"Um Reitor (ou Reitora) capaz e com elevado sentido ético!"

«           Em 2017,  vamos ter eleições locais a nível nacional e o assunto já está a ser  falado ( e a meu ver bem, pois, antes das eleições há uma fase muito importante que é a da escolha dos candidatos) e vamos ter eleições, também,  para a Universidade do Minho. Não deixa de ser significativo o facto de o mandato de presidente da câmara e o de reitor  terem  a mesma duração ( 4 anos) e haver também limitação de mandatos ( 3,  no caso das autarquias locais, 2, no caso das universidades públicas).
A democracia  é um regime de  responsabilidade. A escolha do melhor é sempre a finalidade de uma eleições e, mais ainda, numa Universidade, pois aí a democracia deve  ser exemplar.
As eleições que vão ocorrer em 2017  não são para eleger diretamente  o reitor, constituindo antes uma espécie de eleição indireta.   Os membros da academia (professores, estudantes e funcionários)  escolhem diretamente, pelo método proporcional,   os membros do conselho geral (17)  e, depois  de um processo de cooptação de membros externos (6),  o conselho geral,  em pleno, escolhe o reitor ou a  reitora .
Frequentemente as listas dos professores (são os professores que escolhem o maior número de membros para o conselho geral) concorrem logo com um candidato anunciado, mas tal não é obrigatório e nem sempre assim sucede. Mas devia, pois a escolha de um candidato e de uma equipa é muito importante.
O que se exige de um candidato a reitor? Antes de mais, qualidades morais. É fundamental que seja, do ponto de vista ético, irrepreensível, não favorecendo no exercício das suas funções pessoas amigas, prejudicando despudoradamente outras. Reitor capaz de praticar o favoritismo não merece estar à frente da Universidade do Minho ou de qualquer outra Universidade.
Depois,  exige-se  que tenha uma equipa bem constituída, uma equipa de governo que dê confiança e também que tenha um projeto de universidade que seja  credível, bem sustentado e com largos horizontes.
A Universidade do Minho não tem pensamento único. Há várias correntes de opinião. É  desejável que seja possível gerar pelo menos duas candidaturas fortes, com um bom programa, e candidatos (as) que mereçam confiança também do ponto de vista moral»

António Cândido de Oliveira

(reprodução de artigo de opinião publicado no Diário do Minho, em 23 de junho de 2016)

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