« Em 2017, vamos ter eleições locais a nível nacional e o
assunto já está a ser falado ( e a meu
ver bem, pois, antes das eleições há uma fase muito importante que é a da escolha
dos candidatos) e vamos ter eleições, também,
para a Universidade do Minho. Não deixa de ser significativo o facto de
o mandato de presidente da câmara e o de reitor
terem a mesma duração ( 4 anos) e
haver também limitação de mandatos ( 3,
no caso das autarquias locais, 2, no caso das universidades públicas).
A
democracia é um regime de responsabilidade. A escolha do melhor é sempre
a finalidade de uma eleições e, mais ainda, numa Universidade, pois aí a
democracia deve ser exemplar.
As eleições
que vão ocorrer em 2017 não são para
eleger diretamente o reitor, constituindo
antes uma espécie de eleição indireta. Os membros da academia (professores,
estudantes e funcionários) escolhem
diretamente, pelo método proporcional, os membros do conselho geral (17) e, depois
de um processo de cooptação de membros externos (6), o conselho geral, em pleno, escolhe o reitor ou a reitora .
Frequentemente
as listas dos professores (são os professores que escolhem o maior número de
membros para o conselho geral) concorrem logo com um candidato anunciado, mas
tal não é obrigatório e nem sempre assim sucede. Mas devia, pois a escolha de
um candidato e de uma equipa é muito importante.
O que se exige
de um candidato a reitor? Antes de mais, qualidades morais. É fundamental que seja,
do ponto de vista ético, irrepreensível, não favorecendo no exercício das suas
funções pessoas amigas, prejudicando despudoradamente outras. Reitor capaz de
praticar o favoritismo não merece estar à frente da Universidade do Minho ou de
qualquer outra Universidade.
Depois, exige-se que tenha uma equipa bem constituída, uma
equipa de governo que dê confiança e também que tenha um projeto de
universidade que seja credível, bem
sustentado e com largos horizontes.
A Universidade
do Minho não tem pensamento único. Há várias correntes de opinião. É desejável que seja possível gerar pelo menos duas
candidaturas fortes, com um bom programa, e candidatos (as) que mereçam
confiança também do ponto de vista moral»
António
Cândido de Oliveira
(reprodução de artigo de opinião publicado no Diário do Minho, em 23 de junho de 2016)
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