domingo, 11 de julho de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (16)

Como se os professores não estivessem já sobrecarregados com trabalho administrativo, os tempos que se avizinham ameaçam ser de autêntico pesadelo. Para mais, parece estar instalado entre alguns “responsáveis” da reitoria e de Escolas/Institutos o convencimento de que os funcionários administrativos (ou se se quiser, não-docentes e não-investigadores) são prescindíveis, quer dizer, os professores, tipo veículos todo o terreno, podem cavalgar todos os terrenos.
Aparte supostas avaliações de desempenho dos professores, a ameaça chama-se qualquer coisa como SIGAQ-UM (vulgo: sistema de qualidade), em boa verdade, uma sigla que denuncia uma enorme carga burocrática para os serviços e professores, a troco do quase nada que transporta.
Na forma, trata-se de um conjunto de procedimentos que assegurariam e atestariam a qualidade do serviço prestado. Na prática, não é mais do que expressão de confusão infeliz entre rotinas formais múltiplas e eficácia e eficiência da organização, para mais condensada num regulamento elaborado por quem de eficácia e qualidade do funcionamento da instituição universitária não tem senão uma ideia muito vaga.
Como digo, é de temer o pior se o bom-senso e uma recusa vigorosa por parte das vítimas escolhidas não vier a prevalecer. Pela minha parte, para que não se alimentassem equívocos, tratei já de esclarecer (em sede de CG e não só) que não devem contar comigo para carregar tal frete.

J. Cadima Ribeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário