segunda-feira, 5 de julho de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (14)

Para variar, tivemos hoje uma reunião do CG que teve um bom início, isto é, onde se discutiram coisas interessantes. Aconteceu no ponto antes da ordem do dia (informações). Ficou-me na altura o receio de que se voltasse à rotina logo nos pontos seguintes, o que em certa medida aconteceu mas, talvez por força do calor que se fazia sentir em Braga, em menor dimensão que o habitual. Entre os temas ventilados no referido ponto, sublinho:
i) a relação (quase inexistente) entre o CG e a Academia;
ii) o estatuto do membro do CG, nomeadamente no que se refere ao acesso à informação institucional que, supostamente, deveria poder usar para apoiar as suas tomadas de posição e votações;
iii) a (im)possibilidade de os membros do CG veicularem as suas opiniões sobre o funcionamento da Academia e dos órgãos em sedes informativas institucionais;
iv) a obrigação ou não da reitoria entregar a documentação de apoio aos assuntos em agenda em prazos úteis (ao invés dos 3 ou 4 dias que vêm sendo habituais);
v) a frustração que vem sendo o CG da UMinho (e de variadas outras instituições), amarrado a objectivos e modelos de organização e funcionamento que se pode suspeitar que outra coisa não visam que não seja desacreditar a figura institucional em causa;
vi) a marcação ou não de uma sessão aberta do CG e a definição ou não, para o efeito, de uma agenda “para o boneco”;
vii) o papel nos CGs dos membros externos e da respectiva disponibilidade para assinarem de cruz os documentos que é suposto serem por eles informados;
viii) …
Talvez pelo tom dado no início, de um modo geral a reunião resolveu-se por um tom mais cordato que o habitual, tendo havido um assunto (embora estivesse em causa apenas matéria processual) em que se correu o risco de decisão por consenso. Ironicamente, o assunto em agenda era o regime jurídico da UMinho, isto é, o lançamento do debate na Instituição sobre a (ino)portunidade de lançar a discussão sobre a matéria nesta altura, reafirmada a evidência de que o Estado que temos não é pessoa de bem, isto é, é incapaz de cumprir compromissos [aparte ser gerido/(des)governado por pessoas que, na sua larga maioria, já fizeram prova de incompetência técnica].
A reunião fechou com a despedida do Professor Pedro Oliveira, que abandona o órgão por força da sua vinculação a breve prazo à UPorto. Não tendo havido lágrimas, percebeu-se que o CG da UMinho perdeu um dos seus mais esclarecidos, mais activos e mais empenhados membros.

J. Cadima Ribeiro

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