Para variar, tivemos hoje uma reunião do CG que teve um bom início, isto é, onde se discutiram coisas interessantes. Aconteceu no ponto antes da ordem do dia (informações). Ficou-me na altura o receio de que se voltasse à rotina logo nos pontos seguintes, o que em certa medida aconteceu mas, talvez por força do calor que se fazia sentir em Braga, em menor dimensão que o habitual. Entre os temas ventilados no referido ponto, sublinho:
i) a relação (quase inexistente) entre o CG e a Academia;
ii) o estatuto do membro do CG, nomeadamente no que se refere ao acesso à informação institucional que, supostamente, deveria poder usar para apoiar as suas tomadas de posição e votações;
iii) a (im)possibilidade de os membros do CG veicularem as suas opiniões sobre o funcionamento da Academia e dos órgãos em sedes informativas institucionais;
iv) a obrigação ou não da reitoria entregar a documentação de apoio aos assuntos em agenda em prazos úteis (ao invés dos 3 ou 4 dias que vêm sendo habituais);
v) a frustração que vem sendo o CG da UMinho (e de variadas outras instituições), amarrado a objectivos e modelos de organização e funcionamento que se pode suspeitar que outra coisa não visam que não seja desacreditar a figura institucional em causa;
vi) a marcação ou não de uma sessão aberta do CG e a definição ou não, para o efeito, de uma agenda “para o boneco”;
vii) o papel nos CGs dos membros externos e da respectiva disponibilidade para assinarem de cruz os documentos que é suposto serem por eles informados;
viii) …
Talvez pelo tom dado no início, de um modo geral a reunião resolveu-se por um tom mais cordato que o habitual, tendo havido um assunto (embora estivesse em causa apenas matéria processual) em que se correu o risco de decisão por consenso. Ironicamente, o assunto em agenda era o regime jurídico da UMinho, isto é, o lançamento do debate na Instituição sobre a (ino)portunidade de lançar a discussão sobre a matéria nesta altura, reafirmada a evidência de que o Estado que temos não é pessoa de bem, isto é, é incapaz de cumprir compromissos [aparte ser gerido/(des)governado por pessoas que, na sua larga maioria, já fizeram prova de incompetência técnica].
A reunião fechou com a despedida do Professor Pedro Oliveira, que abandona o órgão por força da sua vinculação a breve prazo à UPorto. Não tendo havido lágrimas, percebeu-se que o CG da UMinho perdeu um dos seus mais esclarecidos, mais activos e mais empenhados membros.
J. Cadima Ribeiro