«Dos 1.067 cursos que abriram vagas este ano lectivo, 76 não conseguiram colocar um único aluno. E mais de um terço continuam com mais de metade das vagas livres.
Engenharia Civil, no Instituto Politécnico do Porto; engenharia Electrotécnica e de Computadores, no Instituto Politécnico de Setúbal; engenharia de Energias Renováveis, no Instituto Politécnico de Bragança e engenharia Geográfica, na Universidade de Lisboa. Estes são exemplos que se podem encontrar entre os 76 cursos que não conseguiram ocupar uma única vaga nesta primeira fase de acesso ao ensino superior. Correspondem a 6,8% do total de cursos postos a concurso.
A maioria dos cursos que agora ficaram vazios são ministrados em institutos politécnicos e muitos deles da área das engenharias. No ano lectivo passado, houve 66 cursos vazios na primeira fase, o que mereceu da parte do ministro da Educação uma reacção. Por essa altura Nuno Crato disse que era preciso repensar o caso dos cursos sem candidaturas. A verdade é que este ano voltaram a existir cursos nesta situação.
Numa breve análise aos dados divulgados este domingo, a Direcção-geral do Ensino Superior (DGES) diz que em termos globais "nas instituições de ensino universitário a procura corresponde aproximadamente à oferta com 87% das vagas ocupadas". Já em relação ao ensino politécnico, a DGES apenas diz que se "encontram preenchidas, nesta fase, 58% das vagas".
Mas a verdade é que se há cursos sem um único candidato, há muitos outros que preencheram muito poucas vagas. Ao todo, identificam-se 395 cursos – 37% do total de cursos abertos - com mais de metade das vagas ainda por preencher. A maioria em Politécnicos, mas também há universidades com muitas vagas disponíveis, das quais se destacam a Universidade da Beira Interior, a da Madeira, a do Algarve, de Aveiro e dos Açores.
Quase metade dos cursos já ficaram cheios
Do lado oposto estão cursos que esgotaram as vagas. Em 495 cursos já não há nenhuma vaga para as fases de candidatura que se seguem. Entre esses estão por exemplo os cursos que abriram mais vagas (Direito em Lisboa e em Coimbra e Enfermagem nas Escolas Superiores de Coimbra e Lisboa, por exemplo).
Também já há três instituições lotadas: as três escolas superiores de enfermagem do País em Lisboa, Coimbra e Porto.
Os resultados da primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior foram divulgados este domingo. 37.778 alunos conseguiram colocação, mas 4.630 dos que concorreram na primeira fase vão ter de voltar a tentar. Para a segunda fase, que arranca amanhã, dia 9 de Setembro, e se prolonga até ao dia 19 de Setembro, estão a concurso 13.168 vagas, menos do que no ano passado.»
(reprodução de notícia Negócios online, de 07 Setembro 2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]
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