quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Comunicado SNESup: "SNESup denuncia FCT ao Ministério Público"

«Caros Colegas,
Como se soube, o processo de avaliação das Unidades de I&D realizado pela FCT teve um amplo conjunto de irregularidades. Durante os últimos meses, o SNESup trabalhou com vista a compilar as várias informações que vieram a público e, através do nosso apoio jurídico, foi desenvolvida uma denúncia que agora apresentamos ao Ministério Público. Esta denúncia, cujo texto pode ser consultado aqui permite desenvolver as necessárias diligências para averiguação das irregularidades deste processo e apuramento de responsabilidades. Ela é também uma oportunidade para que as instituições possam fazer valer os seus direitos, defendendo as suas unidades de investigação.
Não elaboramos esta denúncia de ânimo leve. Com o apoio de várias unidades de investigação e investigadores tentamos, anteriormente, apelar ao bom senso do Ministério da Educação e Ciência e, particularmente, do seu responsável máximo, Nuno Crato, através da necessária suspensão e reavaliação de todo este processo. A negação taxativa desta reapreciação, numa atitude que revelou prepotência, condiz com uma postura que se tem vindo a desenvolver, de contornos menos felizes.
Dentro das irregularidades denunciadas pelo SNESup ao Ministério Público, incluímos a não divulgação dos avaliadores com o aviso de abertura, a não realização de visitas presenciais pelos avaliadores na primeira fase da avaliação, a violação dos princípios da publicidade e da transparência, sendo também incluído a definição a priori de que apenas 50% das U I &D passariam à segunda fase, entre outras.
Parece-nos também importante ressalvar a necessidade de responsabilização dos detentores de cargos de decisão públicos e das matérias relativas às suas determinações e procedimentos, bem como à aplicação das normas vigentes.
Verificamos que, para além do objetivo claro do atual Ministério em reduzir a Ciência em Portugal à execução por parte de alguns (algo que cruzou os vários concursos de investigadores, bolseiros e unidades) temos também o tripudiar, ignorando princípios fundamentais do estado de direito. No afã de seguir acriticamente os outros numa matéria mal assimilada, alguém está a atropelar um país.

Saudações Académicas e Sindicais,
A Direção do SNESup
em 24 de setembro de 2014»

(reprodução de comunicado do SNESup sobre a temática em título)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

"Sindicato Nacional do Ensino Superior apresentou denúncia e espera que o Ministério Público peça a anulação do processo"

Notícia jornal Público
Apresentada denúncia ao Ministério Público sobre avaliação da FCT às unidades de investigação:
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/apresentada-denuncia-ao-ministerio-publico-sobre-avaliacao-da-fct-as-unidades-de-investigacao-1670764

"Penso e repenso na questão das grandes influências paradigmáticas"

Um Americano em Paris

(título de mensagem, datada de 22 de Setembro de 2014, disponível em Empreender)

"António Rendas demite-se do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas"

«Reitor da Universidade Nova de Lisboa negou que na base da decisão estejam divergências com o Governo e explicou que precisa de tempo para a sua instituição.
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) apresentou a sua demissão do cargo durante uma reunião deste órgão que teve lugar na terça-feira.
Na sua intervenção no plenário do CRUP, António Rendas, explica o Diário Económico, terá invocado a necessidade de se dedicar mais à sua instituição, a Universidade Nova de Lisboa (UNL), para deixar o lugar. A decisão foi apresentada como “inabalável” aos reitores presentes na reunião, mas o reitor da Nova escusou-se a comentar o tema ao mesmo jornal.
Ainda na reunião, António Rendas explicou que a sua saída em nada resulta de qualquer conflito com o Governo, reforçando que tem apenas como base a necessidade de maior dedicação à UNL, onde ainda tem três anos de mandato para cumprir. Rendas estava a meio do seu segundo mandato no CRUP, que terminaria em 2016, pelo que deverão ser marcadas novas eleições para decidir que reitor ficará à frente do conselho.
A saída de Rendas “foi motivada por questões relacionadas com a sua actividade como reitor da Nova”, confirma o reitor da Universidade do Minho, António Cunha, que participou na reunião de terça-feira. O presidente demissionário “quis dar um sinal de demarcação desta decisão de qualquer situação política”, acrescenta. Em Novembro, o presidente do CRUP tinha anunciado a seu demissão do cargo, em choque com o governo, a quem acusava de “falta de diálogo” a propósito dos cortes previstos no Orçamento de Estado para 2014, que eram superiores aos negociados. Esse assunto “já estava ultrapassado”, lembra Cunha.
Em Novembro de 2013, o presidente cessante, perante a “generalizada falta de diálogo” e a “quebra de compromissos” por parte do Governo, chegou a anunciar a decisão de “suspender a participação em reuniões com o Governo ou organismos regionais sobre a reestruturação da rede de ensino superior” e a colocar o seu lugar à disposição.
Em Junho deste ano, Rendas decidiu mesmo suspender as colaborações com a tutela, mas já sem colocar o lugar à disposição. Em causa estavam as divergências entre as universidades e a tutela no que diz respeito a um corte de 30 milhões de euros referente ao Orçamento do Estado para este ano — uma situação que foi agravada com o chumbo do Tribunal Constitucional às reduções salariais para 2014 e que, segundo as instituições, implica um acréscimo de mais de 55 milhões de euros nas facturas dos estabelecimentos. Porém, com o Governo a recuar em alguns dos cortes, as negociações foram retomadas e estariam a decorrer de forma mais tranquila.
António Rendas é o reitor há mais tempo em funções nas universidade públicas e, por isso, deverá ser ele a liderar a comissão eleitoral que vai preparar a escolha do seu sucessor. Atendendo às regras seguidas habitualmente pelo CRUP, o processo de substituição vai ser rápido, ficando concluído dentro de um mês, na pior das hipóteses. A escolha do novo presidente acontece já na próxima reunião do plenário de reitores, ainda sem data marcada, mas que está prevista entre a segunda e terceira semanas do próximo mês.
Nesse dia será escolhido o novo líder daquele organismo, numa votação a duas voltas, onde participam os reitores das 15 universidades que compõem o CRUP – as 13 intituições públicas com existência “física” e a Universidade Aberta, especializada em ensino à distância, bem como a Universidade Católica. Na primeira votação, todos os reitores são candidatos e, na segunda, a escolha será feita entre os dois mais votados na fase anterior. O novo presidente assume funções na reunião plenária seguinte, a acontecer em Novembro.
Nesta fase ainda é prematuro avançar com os nomes dos reitores mais prováveis à sucessão de Rendas, mas não é crível que líderes recentemente eleitos como Feyo de Azevedo, no Porto, Ana Costa Freitas (Évora) ou José Luís Gaspar (Açores) assumam uma função exigente em termos de disponibilidade. Tendo em conta a antiguidade em funções, os reitores cuja candidatura ganha maior força nesta fase são os de António Cunha, da Universidade do Minho – no cargo desde 2009 –, Manuel Assunção, da Universidade de Aveiro (eleito em 2010) e João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra desde 2011.
A saída de Rendas acontece no mesmo dia em que se sabe que a UNL subiu, neste ano, dez lugares no ranking QS Top Under 50, que hierarquiza as 50 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos, ocupando a 36.ª posição, avança a agência Lusa, que cita um comunicado da instituição.
ranking é, de acordo com a instituição, um dos mais importantes para universidades mundiais com menos de 50 anos, e avalia o desempenho com base noutra classificação, o QS World University Rankings 2014, que lista anualmente as melhores universidades do mundo, partindo de critérios como o número de citações obtidas pelas publicações científicas ou a internacionalização de alunos e professores. Nessa lista, a instituição tinha subido 41 posições face a 2013, ocupando o 312.º lugar entre 863 universidades.
(reprodução de notícia PÚBLICO online de  24/09/2014 )
[cortesia de Nuno Soares da Silva] 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Candidaturas às Universidades invertem tendência de cinco anos"

«Este ano, na segunda fase do concurso, há mais 872 alunos candidatos ao ensino superior do que no ano passado.
Uma tendência que já foi registada durante a primeira fase do concurso nacional quando houve mais candidatos e mais alunos colocados do que em 2013, invertendo assim o ritmo de redução de interessados em seguir os estudos para a universidade, que se tem sentido nos últimos cinco anos. Segundo os dados da Direcção Geral do Ensino Superior, as candidaturas encerraram com 18.382 estudantes e ao total dos candidatos que vão conseguir ser colocados vão somar-se aos 37.778 que este ano já entraram na universidade. No ano passado houve 17.510 candidatos na segunda fase. 
Apesar de só ser conhecido o número de colocados na próxima quinta-feira, o ministro da Educação diz que este é um "bom sinal para o desenvolvimento do País" e que está a "trabalhar para que este seja a tendência" no futuro, lembrando os vários programas lançados pelo Governo para recuperar estudantes para o Superior.
(reprodução de notícia Económico online, de 22/09/14 - ANA PETRONILHO)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Estatuto do estudante internacional já vale 1ME à Universidade de Coimbra"

«A Universidade de Coimbra vai acolher este ano letivo 140 alunos estrangeiros ao abrigo do novo Estatuto do Estudante Internacional, que, num contexto de cortes de financiamento público, representam uma receita própria adicional de um milhão de euros anual.
Pela primeira vez este ano letivo, com a publicação há meses do Estatuto do Estudante Internacional, o ensino superior português vai poder acolher estudantes estrangeiros, cobrando propinas com base no custo real dos cursos por aluno, e não nos limites máximos fixados pelo Estado para os estudantes nacionais.
De acordo com o vice-reitor de Coimbra, Joaquim Ramos de Carvalho, dois terços dos candidatos admitidos são brasileiros e o segundo país mais representado é Angola.
Os alunos terão que passar este ano por "um ano zero" de preparação, no fim do qual prestarão provas elaboradas pela Universidade para então ingressarem nos cursos a que se candidataram.
Direito, Engenharia Civil, Economia, Arquitetura, Jornalismo e Relações Internacionais são os cursos mais procurados pelos estudantes que vão pagar uma propina anual de sete mil euros, bastante superior aos cerca de mil euros que pagam os alunos portugueses.
A aprovação já bastante próxima do início do ano letivo do novo estatuto não deu tempo às universidades de se promoverem no estrangeiro. Coimbra vai lançar campanhas para atrair estudantes internacionais no Brasil e na China, os dois mercados em que está mais focada.
As expetativas, disse à Lusa o reitor João Gabriel Silva, são de crescimento de alunos e receitas, que a universidade quer que atinjam os quatro a cinco milhões anuais ao longo dos próximos anos.
Na Universidade do Porto, das 344 vagas disponíveis para estes alunos, a instituição matriculou apenas 11 dos 26 candidatos, que procuraram sobretudo os cursos de Direito, engenharias e Línguas e Relações Internacionais.
A universidade vai cobrar entre 3.500 a 8.000 euros anuais, dependendo dos cursos.
A instituição, que tem um orçamento anual a rondar os 200 milhões de euros, capta a maioria das suas receitas próprias através de fundos comunitários destinados a apoiar a investigação e ciência, tendo criado para o efeito uma equipa profissional apenas para procurar programas internacionais e preparar as candidaturas.
Também a Universidade de Lisboa aposta fortemente no financiamento comunitário para contrariar as quebras nas verbas transferidas pelo Estado, até porque, referiu à Lusa o vice-reitor da instituição Eduardo Pereira, "há muito tempo que o Orçamento do Estado não é suficiente para pagar salários".
Em Lisboa ainda não há dados sobre o número de candidatos internacionais aos cursos da universidade, mas o vice-reitor adianta que há candidatos nas várias faculdades, ainda que "em número reduzido".
Coimbra e Lisboa partilham uma mesma preocupação relativamente à diminuição do investimento público no ensino superior, que se prende com os efeitos no corpo docente universitário, impedido de se renovar.
"O impacto mais substancial é o do envelhecimento do corpo docente. É uma espécie de bomba-relógio. O conhecimento não se transmite só pelos livros. Os professores mais velhos deveriam poder transmitir aos mais novos os conhecimentos adquiridos pela experiência", sublinhou o reitor de Coimbra.
O vice-reitor Eduardo Pereira disse que na Universidade de Lisboa "a renovação de pessoal é cada vez menor" e sublinhou que "com menos não se pode fazer mais".
Globalmente, para os alunos internacionais foram este ano abertas 7.053 vagas no ensino público e 2.968 vagas no privado.»
(reprodução de notícia Porto Canal, de 22-09-2014 -  http://portocanal.sapo.pt/noticia/37707/)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"Coisas chatas da pedagogia que se escrevem nos relatórios"

Coisas chatas da pedagogia 

(título de mensagem, datada de 19 de Setembro de 2014, disponível em Empreender)

O truque da filosofia é ...

"O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda". 

B. Russell

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Reunião nº 004/2014 do Conselho Geral: Convocatória

Data: 6 de outubro de 2014 
Hora: 9.30* 
Local: Sala de Reuniões da Reitoria, Largo do Paço 

 Assuntos de iniciativa do CG: 
1. Informações; 
2. Aprovação da Ata nº 03/2014 relativa ao mês de julho de 2014; 
3. Deliberação sobre a integração no CG da Professora Sílvia Carrasco; 
4. Proposta de Criação/reestruturação de Subunidades Orgânicas; 
5. Processo de eleição do Provedor do Estudante; 
6. Planos Estratégicos das UOEI e funcionamento dos Serviços: modelos de abordagem e calendarização; 
7. Reunião do CG aberta ao público – data e definição dos temas. 

Assuntos de iniciativa do Reitor: 
1. Informações; 
2. Contextos e desenvolvimentos no ensino superior; 
3. Resultados do Concurso Nacional de Acesso; 
4. Acordo de Concórsio das Universidades do Norte (UNorte.pt);
5. Plano de Investimentos da UMinho. 

 Braga, 17 de setembro de 2014 

O Presidente do Conselho Geral da UMinho 

Álvaro Laborinho Lúcio
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* Antes de iniciar a sessão será investida, na qualidade de membro do Conselho Geral, a Professora Maria Clara Oliveira

terça-feira, 16 de setembro de 2014

domingo, 14 de setembro de 2014

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

"Universidade de Évora adota formatos abertos"

«A Universidade de Évora, numa decisão pioneira entre as universidades portuguesas, passa a adotar a partir de Setembro o conjunto de normas abertas definidas por lei em toda a documentação oficial da Universidade, nomeadamente em todos os documentos editáveis e não editáveis enviados por órgãos da instituição.
Com a publicação do Dec. Lei nº 36/2011 e a resolução do Conselho de Ministros 91/2012 foi estabelecida em Portugal a necessidade de adoção de normas abertas para a informação em suporte digital na Administração Pública.
Deve-se salientar que a adoção de normas abertas é um passo crucial para promover a interoperabilidade dos sistemas informáticos, bem como a liberdade tecnológica dos cidadãos e organizações.
A adoção de normas abertas evita que os utilizadores e instituições fiquem reféns de soluções informáticas baseadas em formatos proprietários, permitindo maximizar a liberdade de escolha das ferramentas informáticas e decidir em função dos critérios de qualidade, funcionalidade e custo, definidos pelas próprias instituições.
A adoção de formatos abertos na Universidade de Évora implica o uso em documentos oficiais dos formatos ODT (Open Document Format), ODS (Open Document Spreadsheet), ODP (Open Document Presentation) e PDF (Portable Document Format).» 
(reprodução de notícia http://www.ueline.uevora.pt/Canais/academia/(item)/14255 , publicada em 10.09.2014)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"Os reitores também não convencem"


(título de mensagem, datada de sexta-feira, 5 de setembro de 2014, disponível em O Campus e a Cidade)

domingo, 7 de setembro de 2014

Candidatura ao Ensino Superior público 2014

CANDIDATURA AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO - COLOCAÇÕES 2014
1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso:
 http://www.dges.mec.pt/coloc/2014/

“´Subfinanciamento` estatal no sector tem sido ´sucessivo`, o que ´tem reflexos na qualidade do serviço público prestado”

Notícia jornal Público
Ensino superior público perdeu 5% de investigadores e docentes em dois anos: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ensino-superior-publico-perdeu-5-de-investigadores-e-docentes-em-dois-anos-1668856

"Em seis anos, o número de candidatos diminuiu em 20% e o de alunos colocados desceu 17,13% desde 2010"

Notícia TSF 
Ensino Superior: Quase 90% dos mais de 42 mil candidatos colocados na 1.ª fase:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4112023

Notícia JN
Mais de 70 cursos do Ensino Superior vazios:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Educacao/Interior.aspx?content_id=4112168

Notícia Diário do Minho
UMinho tem 418 vagas para a segunda fase: 
http://www.diariodominho.pt/conteudos/55052

"Bolsas de 1500 euros anuais, a um máximo de mil alunos, para 12 instituições do ensino superior fora das grandes áreas urbanas"

«Bolsas de 1500 euros para mil alunos que queiram tirar cursos no interior

«O Ministério da Educação vai atribuir bolsas de 1500 euros anuais, a um máximo de mil alunos, para 12 instituições do ensino superior fora das grandes áreas urbanas.
Em comunicado hoje divulgado, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou que já foi assinado o despacho que regulamenta o programa +Superior, uma iniciativa que visa atrair candidatos a instituições de ensino superior de "regiões do país com menor pressão demográfica".
Esta "bolsa de mobilidade" de 1500 euros anuais, a atribuir a um máximo de mil alunos, pretende contribuir para "a coesão territorial e para a fixação de jovens qualificados no interior do país".
As universidades da Beira Interior, de Évora, de Trás-os-Montes e Alto Douro, e os Politécnicos de Beja, Bragança Castelo Branco, Guarda, Portalegre, Santarém, Tomar, Viana do Castelo e Viseu são as instituições selecionadas para o programa.
Podem ser candidatos ao programa +Superior todos os estudantes inscritos no ensino superior, na sequência de uma colocação na 1.ª, 2.ª ou 3.ª fases do concurso nacional de acesso, num ciclo de estudos de uma das 12 instituições selecionadas.
Podem ser portugueses ou de outro estado membro da União Europeia e com residência habitual em Portugal, mas não podem ser provenientes de nenhum concelho do interior do país.
Ficam assim excluídos os oriundos dos concelhos das seguintes NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos): Cova da Beira, Alentejo Central, Douro, Baixo Alentejo, Alto Trás-os-Montes, Beira Interior Sul, Beira Interior Norte, Serra da Estrela, Alto Alentejo, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Minho-Lima e Dão Lafões.
Os candidatos têm um mês para formalizar a candidatura, 10 de setembro e 10 de outubro, que deve ser realizada pela Internet através da página da Direção-geral do Ensino Superior.»
(reprodução de notícia Negócios online, de 06 Setembro 2014)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

"73 cursos não preencheram uma única vaga"

«Dos 1.067 cursos que abriram vagas este ano lectivo, 76 não conseguiram colocar um único aluno. E mais de um terço continuam com mais de metade das vagas livres.
Engenharia Civil, no Instituto Politécnico do Porto; engenharia Electrotécnica e de Computadores, no Instituto Politécnico de Setúbal; engenharia de Energias Renováveis, no Instituto Politécnico de Bragança e engenharia Geográfica, na Universidade de Lisboa. Estes são exemplos que se podem encontrar entre os 76 cursos que não conseguiram ocupar uma única vaga nesta primeira fase de acesso ao ensino superior. Correspondem a 6,8% do total de cursos postos a concurso.
A maioria dos cursos que agora ficaram vazios são ministrados em institutos politécnicos e muitos deles da área das engenharias. No ano lectivo passado, houve 66 cursos vazios na primeira fase, o que mereceu da parte do ministro da Educação uma reacção. Por essa altura Nuno Crato disse que era preciso repensar o caso dos cursos sem candidaturas. A verdade é que este ano voltaram a existir cursos nesta situação.
Numa breve análise aos dados divulgados este domingo, a Direcção-geral do Ensino Superior (DGES) diz que em termos globais "nas instituições de ensino universitário a procura corresponde aproximadamente à oferta com 87% das vagas ocupadas". Já em relação ao ensino politécnico, a DGES apenas diz que se "encontram preenchidas, nesta fase, 58% das vagas".
Mas a verdade é que se há cursos sem um único candidato, há muitos outros que preencheram muito poucas vagas. Ao todo, identificam-se 395 cursos – 37% do total de cursos abertos - com mais de metade das vagas ainda por preencher. A maioria em Politécnicos, mas também há universidades com muitas vagas disponíveis, das quais se destacam a Universidade da Beira Interior, a da Madeira, a do Algarve, de Aveiro e dos Açores.
Quase metade dos cursos já ficaram cheios
Do lado oposto estão cursos que esgotaram as vagas. Em 495 cursos já não há nenhuma vaga para as fases de candidatura que se seguem. Entre esses estão por exemplo os cursos que abriram mais vagas (Direito em Lisboa e em Coimbra e Enfermagem nas Escolas Superiores de Coimbra e Lisboa, por exemplo).
Também já há três instituições lotadas: as três escolas superiores de enfermagem do País em Lisboa, Coimbra e Porto.
Os resultados da primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior foram divulgados este domingo. 37.778 alunos conseguiram colocação, mas 4.630 dos que concorreram na primeira fase vão ter de voltar a tentar. Para a segunda fase, que arranca amanhã, dia 9 de Setembro, e se prolonga até ao dia 19 de Setembro, estão a concurso 13.168 vagas, menos do que no ano passado.»
(reprodução de notícia Negócios online, de 07 Setembro 2014)
[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"Suspensão da eficácia do contrato de trabalho em funções públicas"

«---------- Mensagem encaminhada ----------

De: Sandra Amorim <samorim@direito.uminho.pt>
Data: 28 de Agosto de 2014 às 13:07
Assunto: Informação: Suspensão de contrato de trabalho
Para: direito-todos <todos@direito.uminho.pt>
Caros Docentes e Funcionários:
Incumbe-me a Presidente da Escola de divulgar a seguinte informação, na sequência de mensagem recebida da Reitoria: em consequência de sentença proferida no âmbito de providência cautelar, foi determinada a suspensão da eficácia do contrato de trabalho em funções públicas, celebrado entre a Universidade do Minho e a Doutora Cláudia Viana.
Com os meus melhores cumprimentos,
Sandra Cerqueira Amorim

Secretária de Escola de Direito »
(reprodução de mensagem que entretanto nos caiu na caixa de correio eletrónico)

Aprendi que...

"Aprendi que humilhar outra pessoa é fazê-la sofrer uma sorte desnecessariamente cruel".

N. Mandela

terça-feira, 2 de setembro de 2014

"O caso da ´cláudia` e da ´andreia`": remake

"O caso da ´cláudia` e da ´andreia`" continua a gerar decisões dos tribunais e de outras instâncias inspetivas, todas em sentido contrário às pretensões do reitor, António Cunha. Quando será que o Conselho Geral vai tirar daí as devidas ilações e ser consequente?


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

"Europeus não reconhecem qualidade ao ensino superior nacional"

«Só estudantes da Roménia, Turquia e Croácia demonstram vontade de vir estudar para Portugal, revela investigação feita na Universidade do Minho. “As universidades portuguesas não sabem quais são as suas vantagens competitivas”, critica o autor, Alexandre Duarte.

Os estudantes europeus fazem uma avaliação negativa da reputação do ensino superior português e essa percepção faz diminuir a intenção destes alunos virem a estudar numa universidade nacional.
Numa altura em que o sector aposta forte na captação de estudantes internacionais, foi publicado o primeiro estudo do género feito no país, fruto do doutoramento feito na Universidade do Minho (UM), que não traz boas notícias: só na Roménia, Croácia e Turquia é que Portugal é bem visto.
Cerca de metade dos 15 países europeus envolvidos neste estudo avaliam o sistema de ensino superior português abaixo da média, o que corresponde a uma avaliação negativa. A ideia central deste trabalho de investigação do professor do IADE Alexandre Duarte é a de que “o sistema de ensino superior de Portugal não é considerado muito reputado”. E isso condiciona todos os outros resultados a que chega este trabalho, explica o investigador. A reputação é um “factor decisivo no critério de escolha de instituição de ensino superior”, o que ajuda a explicar que, entre os estudantes entrevistados, 81% revelem intenção de estudar no estrangeiro, mas apenas 45% ponderem fazê-lo em Portugal.
Além da reputação, há outras características do ensino superior português cuja percepção pelos europeus é negativa. O segundo factor menos pontuado neste estudo foi a capacidade de investigação das universidades nacionais e o país também perde capacidade de atracção face à importância do português, uma língua vista como pouco relevante no espaço europeu. A representação do sistema de ensino, a percepção da qualidade das infra-estruturas e dos docentes são outros factores com avaliação negativa neste estudo.
A tese “Atracção da Educação: o estereótipo nacional e a escolha do destino de estudo no Ensino Superior – o caso português”, foi desenvolvida na Universidade do Minho e teve por base um inquérito aplicado junto de 464 estudantes europeus inscritos em instituições de ensino superior que, tal como o IADE, onde Alexandre Duarte dá aulas, pertencem à EDCOM, uma rede europeia de instituições de ensino superior da área da comunicação.
O estudo de Alexandre Duarte centrou-se apenas em alunos europeus e, por isso, deixa de fora o país com maior percentagem de estudantes inscritos no ensino superior nacional, o Brasil (26,8%). Entre os parceiros continentais, o grande destaque são os estudantes espanhóis (9,3%), seguidos dos de França (2,7%), Itália (2,4%) e Reino Unido (2,1%). Alemanha e Polónia, com 1,8% cada, e a Bélgica (1,1%) assumem ainda algum relevo.
Entre estes não está nenhum dos países em que o ensino superior nacional consegue ter melhores resultados. Os alunos que demonstram intenções mais fortes de vir a estudar em Portugal são os romenos (3,5 numa escala de 5 valores), seguidos dos croatas (3,44) e turcos (3,33). Nestes três países, a competência em Portugal é avaliada como “alta” nesta mesma investigação, o que permite estabelecer uma correlação entre esta percepção e a intenção de estudar em no país.
Estes países também aparecem nos primeiros lugares na avaliação da reputação do sistema de ensino português, uma lista que volta a ser liderada pela Roménia (3,6). A Croácia surge em quarto (3,2), seguida da Turquia (3,2). Pelo meio surgem a Bulgária (3,2) e o Reino Unido (3,2), que é, de entre os principais países do continente, aquele em que Portugal consegue ter avaliações mais positivas.
Estes resultados são conhecidos numa altura em que as universidades e institutos politécnicos têm apostado forte na atracção de estudantes internacionais, depois de, no início do ano, ter sido aprovado o novo Estatuto do Estudante Internacional, que permite a fixação de propinas de valor mais elevado para os alunos estrangeiros – chegando a atingir os 7000 euros anuais em universidades como Lisboa e Coimbra.
As instituições de ensino apresentaram uma proposta de Estatuto do Estudante Internacional, que foi bem acolhida pelo Governo, mas “não estudaram a fundo a questão”, critica Alexandre Duarte: “As universidades portuguesas não sabem quais são as suas vantagens competitivas”. Este estudo aponta um conjunto de factores que são valorizados pelos estudantes em que Portugal tem um bom desempenho. Ao nível da vida social, o país é considerado seguro, barato e hospitaleiro, sendo também valorizado o clima, bem como a proximidade geográfica.
Estas são características que devem ser exploradas pelas instituições nacionais na comunicação da sua oferta em outros países, defende Alexandre Duarte. Para o investigador, sem descurar a aposta que já é feita nos países de onde vem o grosso dos seus estudantes estrangeiros - os PALOP e o Brasil -, as instituições devem partir à procura de mercados como o romeno ou o croata, onde o país é já bem visto pelos estudantes.»
(reprodução de notícia Público online, de 01/09/2014 - SAMUEL SILVA) 
[cortesia de Nuno Soares da Silva]