quinta-feira, 3 de outubro de 2013

"Portugal perde mais uma universidade no ´ranking` mundial"

«Aveiro já não consta na lista das 400 melhores instituições. Porto e Minho mantêm posições
Portugal passou a ter apenas duas instituições no ranking das 400 melhores universidades do mundo. De acordo com o ranking de 2013 da “Times Higher Education”, hoje divulgado, a Universidade de Aveiro deixou de fazer parte de uma lista onde se mantêm as do Porto e do Minho, posicionadas entre os lugares 351-400.
Em 2012, as universidades de Coimbra e a Nova de Lisboa deixaram de integrar este prestigiado ranking mundial e as de Aveiro e do Porto caíram do grupo das 301 a 350 para o das 351 a 400. A primeira vez que participou neste processo de avaliação, a do Minho conseguiu entrar neste ranking e manteve este ano a posição.
O“Times Higher Education” tem um dos rankings mais abrangentes a nível mundial (são avaliadas mais de 700 instituições) e a classificação é feita com base em 13 indicadores, que vão do ensino e da investigação à transferência de conhecimento e à internacionalização.
O i tentou obter um comentário de António Rendas, presidente do Conselho de Reitores dasUniversidades Portuguesas (CRUP) e reitor da Universidade Nova de Lisboa, mas não foi possível até à hora de fecho desta edição.
Mas uma coisa é certa: a perda de influência das universidades portuguesas no panorama mundial segue a tendência verificada por muitas academias da Europa continental em detrimento das asiáticas.

Europa continua a perder força 

O ranking das melhores entre as melhores universidades mundiais não sofreu grandes alterações em relação ao ano passado, com a tabela dominada pelas instituições norte-americanas e inglesas. O Instituto de Tecnologia da Califórnia manteve o primeiro lugar do ranking pelo terceiro ano consecutivo, seguido por Oxford (que manteve o segundo lugar) e Harvard, que ganhou duas posições, e ficou agora a par da instituição britânica.
Já em relação às melhores 400 instituições de ensino superior, o ranking de 2013 reforçou a tendência registada o ano passado em relação à crescente importância das universidades asiáticas, ao mesmo tempo que as europeias vão perdendo posições.
Os responsáveis da “Times Higher Education” salientam precisamente os “sinais de alarme um pouco por toda a Europa, com as universidades de topo na Alemanha, na França, na Suíça, na Holanda, na Rússia, na Bélgica, na Irlanda e na Áustria todas a cair” no ranking. A excepção foram as escandinavas, que até conseguiram melhorar as suas classificações.
“A mudança de poder do Oeste para Este não é tão dramática este ano, pois as universidades norte-americanas e inglesas conseguiram estancar as perdas, mas a tendência manteve-se. A grande maioria das principais universidades da Europa continental deslizou, enquanto as dos países do Leste da Ásia voltaram a subir”, afirma Phil Baty, director deste ranking, salientando que “há mais universidades asiáticas a pisar os calcanhares das melhores do Ocidente e a ocupar cada vez mais os lugares entre as 50 melhores”.
Analisando só as melhores 200, verifica-se que estão representados 26 países, mais dois que o ano passado. Turquia, Espanha e Noruega reentraram neste grupo, enquanto o Brasil saiu.
Os Estados Unidos lideram, com 77 universidades (mais uma do que em 2012), seguidos pelo Reino Unido, com 31 (manteve), pela Holanda, com 12 (manteve), pela Alemanha com 10 (-1), e por França (+1).
O Japão, que há um ano não tinha nenhuma, já tem cinco universidades entre as melhores 200. ACoreia do Sul passou a ter quatro (zero em 2012) e a China e Singapura duas cada uma (zero o ano passado). A melhor universidade sem contar com as norte-americanas e as inglesas é o Instituto de Tecnologia de Zurique, que caiu duas posições, para 14.a lugar. Asegunda melhor europeia (sem contar com as inglesas) é o Instituto Karolinska, na Suécia, que ocupa a 36.a posição (42.a em 2012).»

(reprodução de notícia i online, de 2 de Outubro de 2013)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

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