segunda-feira, 21 de maio de 2012

À margem do CG: algumas notas soltas (68)

Foi uma reunião razoavelmente distendida a do Conselho Geral de hoje, 21 de Maio de 2012. Os assuntos da ordem de trabalhos não anunciavam nada de muito diferente mas, em todo o caso, o histórico das reuniões do órgão apontava para que assuntos miudinhos pudessem também dar espaço para controvérsia grossa. A distância desde a última reunião podia, igualmente, contribuir para uma ou outra coisa, sendo certo que o acompanhamento da situação inter-reuniões justificava que lhe fosse votado um período razoável do tempo da sessão, o que veio a acontecer.
Para extrair algum elemento de fundo que marcou os trabalhos, e referencial em que se situaram a maioria das intervenções, diria que esse elemento foi o mau momento porque passam a economia portuguesa e a governação do país (refiro-me aos governados, e não necessariamente aos governantes), com implicações muito imediatas na política de ensino superior e na situação económico-financeira das universidades e outras instituições de ensino superior nacionais.
Os elementos de incerteza que daí resultaram, isto é, dos dados trazidos a público e da troca de leituras mantida, foram mais que muitos. Sair descansado da reunião só poderia fazê-lo quem nela não participou. Talvez fosse por isso que se usava dizer, nalgumas instâncias, que “felizes são os pobres de espírito, porque …”. É esperar para ver, e talvez não seja preciso esperar muito já que a asneira é um dado cada vez mais presente no discurso e na acção do governo em funções.
A votação dos dossiês constantes da agenda de trabalhos não trouxe surpresas. O dado mais relevante da sessão terá sido a não verificação de unanimidade na votação do Plano de Atividades e Orçamento  para 2012 da UMinho, o que se deveu sobretudo a razões de forma.  
Não ter havido unanimidade sobre a problemática da fixação de propinas do 1º ciclo e mestrados integrados, não foi surpresa, já que não era esperada. Esperado era, à partida, que os representantes dos estudantes fizessem o seu número, o que não defraudou as expectativas. Por contraponto, surpresa foi a qualidade do discurso veiculado pelos mesmos, que não custava subscrever. Que a matéria merecia (merece) reflexão, nomeadamente em expressão da conjuntura socioeconómica e política já invocadas, isso sugere-se-me bem evidente. A transferência deste ponto da agenda para decisão na próxima reunião foi o consenso possível a que se chegou.
A vida continua, para já, pelo menos!

J. Cadima Ribeiro

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