terça-feira, 1 de maio de 2012

"Dia do TRABALHADOR"

«Na véspera dos festejos do 1º de maio, consagrado mundialmente como o dia do Trabalhador, deixarei de exercer as minhas funções no Serviço de Assessoria Jurídica onde entrei pela primeira vez em 6 de junho de 1998. Foi o meu 1º trabalho.
As “razões” da minha saída não serão divulgadas aqui, mas tratadas nos sítios certos, como deve ser sempre num verdadeiro Estado de Direito, que a todos nós compete manter.
Também não se trata de uma despedida pois vou continuar nesta Casa, enorme, que me recebeu com muito carinho.
Como não é uma despedida não caberá neste texto referir o privilégio, imerecido, de ter conhecido personalidades riquíssimas a todos os níveis: Humano, cultural e científico.
Ao longo destes 20 anos criei laços de amizade, não referíveis, porque sabem quem são.

No entanto, há ALGUÉM que tenho de mencionar, o MEU MESTRE, o Senhor Doutor Amadeu de Carvalho.
O Ser mais livre que conheci, o mais Humano, o mais Tolerante, profundo conhecedor do ser humano, tanto dos seus limites como das suas grandiosidades.
 Um jurista eminente, cujo domínio da Lei e dos seus Princípios era de excecionalidade (dizia-me com aquele ar calmo e gestos suaves Acima da lei está sempre a Justiça, nunca o esqueça).
Por isso, eu  prometo-lhe que serei sempre a jurista que me ensinou a ser, esteja onde estiver.

E, tendo em conta as suas discretas lições, não poderia deixar de agradecer às minhas Queridas Colegas que acompanharam-me durante estes  últimos anos e que se manterão no Serviço.
Principalmente o meu muito obrigada pelo  apoio silencioso e amigo que me ofereceram nestes últimos dias. Bem hajam.

Para terminar, gostaria de deixar duas mensagens a quem cabe a difícil tarefa de dirigir Trabalhadores (não instituições de pedra como parece que alguns fazem):

     1ª – o respeito e a lealdade de quem trabalha convosco só existe verdadeiramente quando vos dizem a verdade, reservadamente, muitas vezes desprotegendo-se, mas  tentando proteger-vos até de vós próprios, pois o exercício do poder limita os sentidos, principalmente o da audição;

     2ª -  a motivação, partilha do saber fazer e do saber ser, de uma equipa, é hoje posta em causa, em vários casos, pela famosa avaliação do desempenho. Mas se no inicio de cada ano, quando fossem fixados os objetivos, do serviço e individuais, ou antes, cada “Chefe” comprasse um puzzle  e distribuísse as peças por todos, ficando apenas com uma, e fizesse desse quebra-cabeças um objetivo do serviço no qual se deveriam empenhar durante o ano, salientando-lhes que para o terminar eram todos necessários e úteis. Chegada a fase da avaliação individual, apenas seriam atribuídas classificações elevadas,   aos funcionários dos serviços que se tivessem empenhado, não só na colocação das suas peças, mas  tivessem ajudado os outros, com mais dificuldades ou menos jeito, numa colaboração total. Um puzzle precisa de todas as peças, encaixadas nos sítios certos, para conseguir-se obter a imagem completa.

A todos um cordial abraço, jurídico - institucional,

Helena de Oliveira Ramos.»

(reprodução integral de mensagem ontem distribuída universalmente na rede electrónica da UMinho, com origem na entidade identificada)

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