Caros(as) colegas,
O Senado Académico é o órgão consultivo que assegura a coesão da Universidade na prossecução da sua missão, com funções de coordenação, prospectiva e planeamento em matérias pedagógicas e científicas. No próximo dia 26 de Maio os professores e investigadores doutorados serão chamados a eleger os seus três representantes. O movimento “NDNR - Novos Desafios, Novos Rumos” estará de novo presente, liderado pela colega Clara Oliveira (IE) e tendo como mandatário o Prof. Cadima Ribeiro (EEG).
Num momento particularmente importante da vida da nossa Academia, parece-me útil partilhar com os colegas algumas preocupações relativamente à dimensão cultural da acção do Senado no quadro de novas e grandes alterações em perspectiva, considerando o processo de "aproximação" a outras universidades do norte.
O movimento NDNR sempre defendeu «um claro compromisso com o desenvolvimento regional e nacional e com a cooperação internacional» - em especial nos «Espaços Europeu e Lusófono», uma Universidade «mais aberta, coesa, plural e inclusiva», «fator de coesão e dinamização da identidade e do desenvolvimento regional, atuando como parceiro dos agentes sociais, económicos e culturais», promovendo «activamente a mobilidade e a cooperação»*. Ainda assim, é importante preservar e capitalizar a riqueza inerente à diversidade cultural e percurso histórico específico de cada uma das várias universidades hoje existentes na região.
Por outro lado, parece-me ser de evitar qualquer modelo de "união/fusão" assente em critérios e objectivos puramente economicistas. Tal levaria ao reforço da tendência desumanizante e academicamente castradora que vem esmagando sob o "império das métricas" todos os assomos de sonho, conhecimento e liberdade de que vive o ideal universitário, aqui e em toda a parte, desde a sua origem. Tão importante como realizar uma (feliz) união de esforços entre universidades, será garantir que o resultado ainda é uma UNIVERSIDADE, com liberdade suficiente para - por exemplo - realizar uma reflexão de avaliação crítica sobre a aplicação do acordo ortográfico de 1990.
É preciso, acima de tudo, garantir que quaisquer reformas não se constituem em novas máquinas trituradoras das legítimas expectativas das pessoas mais directamente envolvidas: professores, estudantes, investigadores ou funcionários.
Luís Botelho Ribeiro
Prof. Auxiliar - E.Eng/UM
* cf. programa do movimento NDNR
+info
blogue NDNR http://uminho-ndnr.blogspot.pt/
Senado Académico
O Senado Académico é o órgão consultivo que assegura a coesão da Universidade na prossecução da sua missão, com funções de coordenação, prospectiva e planeamento em matérias pedagógicas e científicas. No próximo dia 26 de Maio os professores e investigadores doutorados serão chamados a eleger os seus três representantes. O movimento “NDNR - Novos Desafios, Novos Rumos” estará de novo presente, liderado pela colega Clara Oliveira (IE) e tendo como mandatário o Prof. Cadima Ribeiro (EEG).
Num momento particularmente importante da vida da nossa Academia, parece-me útil partilhar com os colegas algumas preocupações relativamente à dimensão cultural da acção do Senado no quadro de novas e grandes alterações em perspectiva, considerando o processo de "aproximação" a outras universidades do norte.
O movimento NDNR sempre defendeu «um claro compromisso com o desenvolvimento regional e nacional e com a cooperação internacional» - em especial nos «Espaços Europeu e Lusófono», uma Universidade «mais aberta, coesa, plural e inclusiva», «fator de coesão e dinamização da identidade e do desenvolvimento regional, atuando como parceiro dos agentes sociais, económicos e culturais», promovendo «activamente a mobilidade e a cooperação»*. Ainda assim, é importante preservar e capitalizar a riqueza inerente à diversidade cultural e percurso histórico específico de cada uma das várias universidades hoje existentes na região.
Por outro lado, parece-me ser de evitar qualquer modelo de "união/fusão" assente em critérios e objectivos puramente economicistas. Tal levaria ao reforço da tendência desumanizante e academicamente castradora que vem esmagando sob o "império das métricas" todos os assomos de sonho, conhecimento e liberdade de que vive o ideal universitário, aqui e em toda a parte, desde a sua origem. Tão importante como realizar uma (feliz) união de esforços entre universidades, será garantir que o resultado ainda é uma UNIVERSIDADE, com liberdade suficiente para - por exemplo - realizar uma reflexão de avaliação crítica sobre a aplicação do acordo ortográfico de 1990.
É preciso, acima de tudo, garantir que quaisquer reformas não se constituem em novas máquinas trituradoras das legítimas expectativas das pessoas mais directamente envolvidas: professores, estudantes, investigadores ou funcionários.
Luís Botelho Ribeiro
Prof. Auxiliar - E.Eng/UM
* cf. programa do movimento NDNR
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