quarta-feira, 30 de abril de 2014

"Praxe: que fazer?"

«Caros colegas
estive no campus na noite da tragédia até às 23h, com os alunos. Fui até ao local, depois de retirados os corpos (antes não nos deixavam passar) e falei com os alunos de Medicina  (uns 15). Tenho uma aluna que vive no prédio em cima e que viu tudo.
Posso garantir-vos o seguinte: foi praxe, sim, mas não violenta. Os alunos estavam a cantar aos despique (LEI e medicina), e os 3 de LEI que subiram para o muro não foram obrigados a fazê-lo, mas sim por impulso. Tenho este testemunho de uma aluna que não é de nenhum destes cursos. A situação é pois diferente da do MECO.
Pessoalmente, considero que só há algo a fazer: o Parlamento tem que aprovar uma lei que não dê privilégios de cidadania especial às praxes académicas e que qualquer cidadão seja obrigado a denunciar situações de violência e humilhação, tal como nos casos de violência doméstica. Quando é fora das academias, só essa me parece ser uma solução possível.
Cumprimentos

Clara Costa Oliveira
Prof. Associada com Agregação - IE - CEH- UM
Coordenadora de Mestrado em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária
Coordenadora de Mestrado em Educação para a Saúde»

(reprodução de mensagem entretanto distribuída pela sua autora a uma lista de colegas  da UMinho - lista eletrónica de elaboração própria)

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