sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Fim de linha, e votos de Boas Festas

Caros(as) leitores(as),
Caros(as) colegas,
Depois de vários anos de edição, este projeto editorial de que fui o dinamizador principal chegou ao seu termo, tal qual o Movimento Cívico, dentro da UMinho, a que esteve associado (NDNR), de que foi porta-voz. Tudo tem o seu tempo e o seu lugar.
Numa altura em que decorrem já iniciativas tendentes à formação de listas para as próximas eleições para o Conselho Geral da UMinho, entendemos que importa que seja presente o que deixo dito.
Agradeço todas as colaborações que viabilizaram a edição ininterrupta do blogue durante oito anos, com particular destaque para a que me foi generosamente proporcionada pelo Senhor Nuno Soares da Silva.
No quadro desta despedida e dada a época do ano que corre, aproveito para desejar aos leitores do blogue e aos colegas e amigos da UMinho Feliz Natal e um Bom Ano de 2017.

J. Cadima Ribeiro

"Investigadores do Minho desenvolvem um GPS para detectar pedras nos rins"

«O procedimento usa dois sensores para descobrir onde está o cálculo renal em metade do tempo dos métodos habituais. Prevê-se que comece a ser aplicado em doentes a partir de 2017.

No Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), na Universidade do Minho, em Braga, foi desenvolvido um método para encontrar pedras nos rins com a ajuda de sensores. Estima-se que o novo método, que está a ser desenvolvido nos últimos anos, chegue ao Hospital de Braga em 2017.
A pedra nos rins afecta cerca de 55 milhões de adultos na Europa, segundo dados de 2012 da Associação Europeia de Urologia (EAU, na sigla em inglês). E desde 1982 o número de pessoas afectadas duplicou. O que está a causar isso? As alterações no estilo de vida, que levaram ao aumento da obesidade e das síndromes metabólicas. A maioria dos afectados são homens, mas a mudança dos hábitos de vida também está a provocar mais cálculos renais nas mulheres, de acordo com a Associação Portuguesa de Urologia.
“Na Europa, estima-se que cerca de 5% da população tenha litíase renal [presença de pedras nos rins]. Embora não existam estatísticas reais sobre a prevalência desta doença em Portugal, calcula-se que seja semelhante a outros países europeus, nomeadamente Espanha, onde a prevalência é de cerca de 5%”, indica-nos Emanuel Carvalho Dias, um dos urologistas do ICVS responsáveis pelo novo método de remoção de pedras nos rins.
Mas o que são estas pedras? São estruturas sólidas provocadas pela cristalização nos rins de minerais ou sais de ácidos. Depois, de formadas, podem manter-se no rim ou descer pelo tubo que faz uma ligação à bexiga, o uréter. Se em muitos casos a pedra desaparece sem qualquer intervenção, em cerca de 20% dos casos causa uma dor forte e tem de ser realizada uma cirurgia.
No método convencional, para se remover a pedra dos rins, é necessário usar uma agulha que atravessa a pele, assim como fazer radiografias. “Torna-se difícil conseguir picar o rim e tirar as pedras maiores”, diz ao PÚBLICO Emanuel Dias sobre as dificuldades encontradas numa cirurgia.

Testes em porcos

Como vai ser então utilizado o novo método? Depois de aplicar uma anestesia, usam-se dois sensores: um electromagnético, que funciona com ondas pulsadas de baixa frequência e que penetra no rim, e outro externo. O primeiro sensor é colocado dentro do rim através de um ureterorrenoscópio flexível, um instrumento que penetra na uretra, na bexiga e segue até ao rim. Por fim, este sensor interno emite um sinal vermelho, que e visível num ecrã assinalando assim o local onde deve ser feita a picada. Por fora, os médicos utilizam o segundo sensor, o externo, que está sempre a emitir um sinal verde. Quando os pontos dos dois sensores se interceptam, é então o momento de fazer a picada com a agulha. 
A ajudá-los, os urologistas têm um sistema de navegação e o ecrã onde surgem os pontos a três dimensões obtidos pelos sensores. “É como se fosse o GPS da pedra nos rins”, afirma Emanuel Dias. Encontrada a pedra, é necessário destruí-la. Aqui o método passa a ser o tradicional e já conhecido: o processo ultra-sónico.
Neste novo método, além de se simplificar o processo de remoção da pedra, pois o cálculo é detectado de forma precisa, o paciente não fica exposto aos raios X e também se evitam muitas hemorragias associadas à cirurgia. “Este é um método completamente novo”, afirma Emanuel Dias, que desenvolveu o trabalho em conjunto com os investigadores Estevão Lima e João Vilaça, também do ICVS.

A precisão deste método permite assim que a cirurgia demore menos tempo do que o método convencional. “O tempo da cirurgia encurta. Passa a demorar em média meia hora, enquanto uma cirurgia normal dura duas horas”, aponta o urologista.
Até agora, o método encontra-se em fase pré-clínica, tendo sido testado em cerca de 20 porcos. O projecto, que tem sido apresentado em congressos internacionais, teve um artigo publicado na revista The Journal of Urology, em 2013. E esta terça-feira foi um dos projectos divulgados no Roteiro da Ciência, que Carlos Moedas, comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, fez pelo Minho. Mas as novidades para os doentes podem surgir “em breve”, refere Emanuel Dias: em 2017, a equipa de investigadores espera que o método comece a ser aplicado no Hospital de Braga.
As pedras nos rins podem ser evitadas. Ingerir muitos líquidos e ter uma alimentação saudável com substâncias inibidoras – como o arroz, a batata, a clara de ovo e frutas, uvas ou pêras – pode ajudar.»

(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 22 de Dezembro de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

"Fenprof discute precariedade e fundações no ensino superior com a tutela"

«Na reunião com ministro serão tratadas questões como o regime transitório definido para os docentes dos politécnicos e a passagem a fundações públicas de direito privado de instituições de ensino superior.

A Fenprof reúne-se, esta terça-feira, com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, para discutir a precariedade entre os docentes e a aplicação do regime fundacional a instituições públicas de ensino superior.
O encontro está marcado para as 11h30, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, a pedido da federação sindical dos professores, para tratar questões como o regime transitório definido para os docentes dos politécnicos, que querem também ver aplicado aos professores leitores das universidades, "uma categoria de que as universidades não prescindem, mas que não é enquadrável no âmbito do Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU)".
"Estes são quase sempre provenientes dos países cuja língua materna professam. Em diversos casos possuem já as mais elevadas qualificações, mas estão sujeitos a uma precariedade extrema, apesar de terem sucessivas avaliações de desempenho positivas e exercerem funções há muitos anos, chegando mesmo a ultrapassar duas ou três décadas de tempo de serviço público, muito desvalorizado pelos sucessivos governos", refere a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em comunicado.
O regime transitório foi acordado com o Governo para dar mais tempo aos professores dos politécnicos para concluírem os seus doutoramentos, um grau de habilitações agora exigido para se poder leccionar nestas instituições.
A Fenprof quer ainda discutir a passagem a fundações públicas de direito privado de instituições de ensino superior, sendo a Universidade Nova de Lisboa o caso mais recente, ao ver essa alteração aprovada em Conselho de Ministros da semana passada.
Segundo a federação sindical, essa passagem "não tem sido pacífica, sendo, hoje, consensual que as ditas “vantagens” invocadas e, na prática, reveladas, são grandes ataques aos direitos profissionais dos trabalhadores, põem em causa o preceito constitucional da progressividade da gratuitidade do ensino e lança enormes preocupações sobre aquelas que possam vir a ser algumas das suas fontes de receita que poderão, em alguns casos, provir da alienação de património".»

(reprodução de notícia PÚBLICO online, de 20 de Dezembro de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

"BE quer acabar com propinas nos próximos três anos"

«O Bloco de Esquerda defende que a solução para o fim das propinas passa por garantir “transferências financeiras” para as instituições de ensino superior que “compensem a redução do seu financiamento por via”. Por ano, as propinas representam 23% dos orçamentos – cerca de 330 milhões de euros – das universidades e escolas públicas

O Bloco de Esquerda quer acabar com as propinas no ensino superior público em três anos, avança o “Diário de Notícias” esta terça-feira. Deu entrada esta semana na Assembleia da República um projeto de resolução dos bloquistas com este intuito; apoio do PS não está garantido.
Para o BE, a solução passa por garantir “transferências financeiras” para as instituições de ensino superior que “compensem a redução do seu financiamento por via” das propinas. Por ano, as propinas representam 23% dos orçamentos – cerca de 330 milhões de euros – das universidades e escolas públicas.
Segundo o matutino, o BE quer contar ainda com o apoio do PS nesta iniciativa. Se o sentido de voto dos socialistas ainda é incógnito, o Bloco pode até encontrar apoios dentro das fileiras mais jovens do mesmo partido. A abolição das propinas no primeiro ciclo universitário faz parte das reivindicações dos deputados da Juventude Socialista.
No programa de governo de António Costa, não há menção da intenção de abolir as propinas, mas apenas a garantia da “possibilidade de pagamento faseado”.
Já a iniciativa do BE é explícita: visa a intenção de se “criar um plano plurianual, a três anos, para o fim da existência de propinas nas instituições de ensino superior públicas”.
“Segundo o relatório Education at a Glance referente a 2015, o financiamento público ao ensino superior em Portugal é o menos representativo na Europa e na OCDE, representando apenas 54% (os restantes 46% ficam a cargo das famílias e dos estudantes). O valor médio na União Europeia é de 78,1% e nos países da OCDE de 69,7%”, sublinham na sua proposta.»

(reprodução de notícia EXPRESSO online, de 20.12.2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

sábado, 17 de dezembro de 2016

Estamos sempre a tempo de desejar Boas Festas

Bom seria que fossem mesmo!


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

"Governo aprova passagem da Universidade Nova a fundação"


«A partir de 1 de janeiro de 2017 a Nova será a quinta instituição de ensino superior com o regime fundação, depois das universidades do Porto, Aveiro, Minho e o ISCTE. 

O Governo aprovou hoje, durante o Conselho de Ministros, a passagem da Universidade Nova de Lisboa ao regime de fundação.
Desta forma, tal como presvisto, a partir de 1 de janeiro de 2017 a Nova será a quinta instituição de ensino superior com o regime fundação, depois das universidades do Porto, Aveiro, Minho e o ISCTE. 
Também a Universidade de Coimbra está a debater o processo de passagem ao regime fundação, em 2017.
Com o regime fundacional – previsto no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior – as universidades passam a ter uma maior liberdade de gestão financeira, podendo utilizar as verbas que resultam de um ano para o outro, os chamados saldos transitados. Os edifícios passam a ser patrimónida universidade.
Passa também a ser possível a contratação de pessoal docente e não docente através de contrato individual de trabalho, fora das restrições aplicadas à função pública.
Depois da aprovação do governo, a Universidade Nova vai agora entrar em negociações com o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel heitor, para que seja redigido um contrato-programa de três ou cinco anos. Neste acordo ficarão definidas as verbas plurianuais que serão transferidas para a universidade que, por seu lado, se compromete a atingir algumas metas como, por exemplo, atingir um número de diplomados numa determinada área.»

(reprodução de notícia SOL online, de 15 de dezembro de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

"Startup e UMinho Exec lançam primeira ´School of CEOs`"

«PROJECTO pioneiro terá abrangência nacional e vem colmatar um dos deficits sentidos ao nível da gestão de empresas. Formação de 60 horas estará a cargo da UMinho Exec.

A Startup e a InvestBraga, em parceria com a Escola de Executivos da UMinho lançou, ontem, a School of Ceo’s, uma iniciativa pioneira no país que, segundo Carlos Oliveira, pretende ajudar a colmatar um dos deficits há muito identificados no âmbito da gestão das empresas. Aliar os conhecimentos práticos a uma formação mais téorica
é o grande objectivo desta formação de curta duração cuja primeira edição arranca já em Março. A formação permitirá aos Ceo’s - muitas vezes oriundos de áreas bem diferentes da gestão de empresas - obter um conjunto de conteúdos estruturados que lhe permita responder às exigentes necessidades de gestão e desenvolvimento das suas empresas. “Isto é um complemento àquilo
que fazemos no dia-a-dia com os programas de incubação e aceleração, numa vertente totalmente prática, embora muitas vezes desestruturada e sem grandes fundamentos teóricos”, afirma o responsável da Startup Braga, frisando que esta formação não substitui outras mais  extensas como, por exemplo, um MBA. Esta formação se destina somente àqueles que querem ser Ceo’s na Startup Braga ou outras, mas a todos os que preten
dam desenvolver estas competências em outros locais e pontos do país, sendo, por isso, uma formação de abrangência nacional. “A formação está aberto a todos os que pretendem frequentar o curso e que se enquadrem no perfil”, diz Carlos Oliveira. Esta é, por isso, uma nova área de formação para a UMinho EXEC - Executive Bussiness Education, integrada na Escola de Economia e Gestão da academia minhota. “Há muitos anos que digo que esta é uma área em falta. Quando se falava empreendedorismo, chamava sempre a atenção para os perigos que ele per se pode conter. É importante ter ideias, é importante inovar, mas constituir e manter empresas é  preciso ir muito mais além do que ter a ideia criativa”, afirmou Rocha Armada, presidente da Escola de Economia de Gestão, acrescentando que a UMinho Exec foi pensada exactamente nesse sentido, com pessoas da academia e fora dela que, em conjunto e em várias dimensões, vão leccionar determinado tipo de tópicos. “Fizemos um estudo com mais de 10 meses e com várias escolas e identificámos este como o modelo mais adequado para educar executivos nos tempos nos tempos de hoje”, prossegue o presidente da Escola de Economia e Gestão. A Esta formação para Ceos terá uma duração de 60 horas - seis semanas - e será leccionado pela UMinho-Exec com um programa que foi criado de acordo com a prioridades identificadas pelos seus promotores. O programa de formação integra três MasterClass’s que serão orientadas por três nomes internacionais, dois dos quais americanos, com experiência no mundo empresarial e que complementarão a vertente prática com sessões de trabalho. É direccionada a empreendedores que ocupam cargos de directores gerais e gestores de empreas pela primeira vez ou que já são Ceos há relativamente pouco tempo e necessitam de formação nesta área. “A ideia é termos este programa a correr em contínuo”, avança Carlos Oliveira. As inscrições já estão abertas.»

(reprodução de notícia CORREIO DO MINHO, de 15 de dezembro de 2016)

[cortesia de Nuno Soares da Silva]

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Revisão dos Estatutos da UMinho: resultados da reunião do CG ocorrida hoje

Resultados da votação na generalidade da revisão dos estatutos da UMinho:
- aprovação na generalidade da proposta em debate, com 16 votos a favor (presença de 17 conselheiros) e uma abstenção.