sábado, 30 de outubro de 2010

Processos a correr no Tribunal Administrativo de Braga: actualização de dados

Em mensagens pubicadas neste blogue há poucos dias, dei notícia do elevado número de processos que, desde 2004, vêm dando entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga em que a Universidade do Minho é parte, bem denunciador do elevado nível de contencioso subsistente na Instituição, por razões diversas, nem todas imputáveis directamente à mesma. Para que a média anual registada (mais de 15 processos em cada ano) não caia, acaba de dar entrada no referido tribunal mais um processo. Com este, o mês de Outubro contou com dois, depois de Setembro se ter ficado por número idêntico.
A manter-se este ritmo, a reitoria vai ter que repor e, porventura, reforçar o quadro de jurístas ao serviço da Assessoria respectiva ou, alternativamente, reforçar o número de pró-reitores afectos à função, assumindo que não sirvam só para estorvar.

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Implementação em Portugal da Declaração ou Processo de Bolonha

«As Declarações de Bolonha referem implicitamente uma metodologia de Ensino com Aprendizagem centrada no estudante, do tipo PBL (Problem Based Learning) e a participação dos estudantes no governo do Estabelecimento de Ensino. O Governo deu satisfação a este ponto, mas a Aprendizagem não pôde seguir, em rigor, a metodologia tipo PBL por várias razões, começando pela falta de financiamento para o efeito.
No entanto, Relatórios da Comissão da Associação das Universidades Europeias que vieram a Portugal fazer “avaliação institucional” referem que “a pedagogia centrada nos alunos” está a realizar-se em Portugal»

Júlio Barreiros Martins

(excerto de comunicação intitulada "A realidade nos cursos de Engenharia Civil pós-Bolonha" ontem apresentada na EEG/UMinho no contexto da 1ª iniciativa Tertúlias do Departamento de Economia)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre a inconsequência e inconsistência da governação da UMinho

"Só se pode pedir a uma Escola que defina o seu plano estratégico quando ela tenha autonomia (e os consequentes recursos) para tomar decisões de relevância estratégica".
A frase que se propõe antes, trata-se de uma adaptação de outra que foi enunciada ontem numa reunião de um órgão colegial de uma Escola da Universidade do Minho por um seu dirigente. Devo confessar, a propósito, uma grande sintonia com esse pensamento, pese ter o sentimento que muito se foi recuando na UMinho nesta dimensão ao longo de muitos anos, e pese a incapacidade que tenho notado por parte de muitos que comungam um tal sentimento de serem consequentes nos seus actos com o que pensam e chegam a verbalizar, como é este caso que invoco. Aliás, se se atentar no teor do que é referido na mensagem precedente (Novos fórum nada: "a UM, neste particular, deve ser objecto de estudo pelos curiosos da matéria"), fica muita clara a inconsequência e inconsistência da actual governação da Instituição, de um modo geral.
J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novos fórum nada: "a UM, neste particular, deve ser objecto de estudo pelos curiosos da matéria"

"Conclusão Geral – a Reitoria está empenhada em resolver os problemas dos trabalhadores, cheia de boas intenções, mas a altura é má, há contenção orçamental, as Universidades estão com muitas dificuldades, o Governo (Ministério das Finanças) hoje diz uma coisa, amanhã diz outra, nem sabemos até quando temos o actual Partido no poder, pode entretanto ser outro, e esse ainda cortar mais na Despesa pública, assim é difícil, e se não fosse isso, até se calhar se fariam grandes coisas."

(excerto de mensagem, datada de hoje e intitulada FÓRUM - TRABALHADORES NÃO DOCENTES: breve balanço, disponível em UM para todos)

Fundações: ”A administração da universidade-fundação compete […] ao conselho de curadores”

“A administração da universidade-fundação compete, porém, ao conselho de curadores (board of trustees), que é composto de ´cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional reconhecidos como especialmente relevantes`, nomeadas pelo Governo, sob proposta da instituição (cfr. art. 131º, nºs 1 e 2, do RJIES) [….] Inevitavelmente, a sua existência determina alguns desvios ao esquema de repartição de competências tradicional, limitando, de certa maneira, os poderes dos restantes órgãos, sobretudo do conselho geral”.
Catarina Serra
[p. 92/93 - excerto de artigo disponível em: Serra, Catarina (2009), "O novo modelo aplicável às universidades e às escolas - as fundações públicas com regime de direito privado: regime jurídico desconhecido... ou simplesmente temido?", Themis, Ano IX, Nº 17, pp. 75-108.]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

«Se houver um imprevisto, não temos como o cobrir»

"[...] mesmo com os números corrigidos, o próximo ano não vai ser fácil no ensino superior, que terá de fazer face às despesas com o plafond de 2010.
«Se houver um imprevisto, não temos como o cobrir», confessa António Vasconcelos Tavares, vice-reitor da Universidade de Lisboa, explicando que a preparação do orçamento foi complicada."

(excerto de mensagem, datada de 2010/10/26 e intitulada Erro nas contas das Universidades, disponível em UM patra todos)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

UMinho: Relatórios de Actividades

Balanço Social 2009 - Universidade do Minho:
http://www.uminho.pt/Default.aspx?tabid=4&pageid=252&lang=pt-PT

(alerta para a disponibilização pública da informação provinda do Secretariado do CG)

domingo, 24 de outubro de 2010

Don't ask what the world needs

"Don't ask what the world needs. Ask what makes you come alive, and go do it. Because what the world needs is people who have come alive."

Howard Thurman

(citação extraída de SBANC Newsletter, October 5, Issue 639-2010, http://www.sbaer.uca.edu/)

sábado, 23 de outubro de 2010

Processos a correr no Tribunal Administrativo de Braga: os dados mais recentes

Na mensagem precedente, intitulada “Processos a correr no Tribunal Administrativo de Braga“, interrogava-me sobre o número de processos entrados entretanto envolvendo a UMinho. Pois bem, a resposta a essa questão é: os “processos entrados no tribunal administrativo e fiscal de Braga entre 1 de Outubro de 2009 e 22 de Outubro de 2010 nos quais a universidade do Minho é parte” totalizam 15.
Esclareça-se, a propósito, que a informação que aqui vos deixo não tem nenhum carácter reservado. O que pode ter natureza reservada são os processos, propriamente ditos. Cumpre também acrescentar que, como esperado, as motivações de quem intentou os processos é variada.
Olhando para os números referidos na mensagem precedente, chama a atenção a média elevada de processos contenciosos que está em causa; superior a 15 por ano. Isso suscitava-me a curiosidade sobre se a “animosidade” subsistente na Instituição ou tomando-a como alvo se tinha atenuado no período mais recente, em expressão da postura dos “novos dirigentes” e do clima na organização gerado subsequentemente. Pois bem, a resposta, factual, é não, infelizmente, acrescento eu.
Em expressão disso, a questão que pode ser colocada é: e porque é que o número de processos entrados tribunal se manteve em torno da média dos anteriores 6 anos (anos muito negros) da vida da UMinho? Esta é a pergunta que fica no ar, sendo certo que já deixei antes contributo para a implementação de uma solução (sempre parcial, naturalmente).

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Processos a correr no Tribunal Administrativo de Braga

Em 22 de Setembro de 2009, eram contabilizados 87 processos a correr no Tribunal Administrativo de Braga (só em Braga, repito), entrados entre 2004/05/03 e 2009/09/14, visando a Universidade do Minho. E nesta data, quantos serão? Porventura mais, em razão da morosidade dos tribunais e dado que a Instituição parece estar disponível para abrir novas frentes, como é exemplo mais recente o incumprimento da lei em matéria de atribuição de serviço docente (embora me tenha chegado notícia apenas de um caso – no ICS - que se apresta para dar entrada no tribunal, não me surpreendia que houvesse vários outros, dado o evoluir das coisas nesta dimensão).
Quando será que o bom-senso e o respeito da lei voltarão a ser prática comum na UMinho, globalmente considerada ou na expressão material que tem, em termos de unidades e subunidades orgânicas?

J. Cadima Ribeiro

Ps:
por vezes, chega-me indicação do desconforto que sentem certos sectores e agentes da Instituição que se fale de coisas “chatas” da vida da Academia nesta e noutras sedes públicas; pergunto, a propósito: e não haverá mesmo forma de evitar que estas coisas “chatas” sejam peça do quotidiano da UMinho, isto é, não podendo prevenir-se algumas más práticas e irregularidades (posto o número de agentes envolvidos e a complexidade de vários dossiês), não se podiam evitar muitas dessas situações e incidentes? Eu entendo que sim, pondo em prática uma gestão mais competente e mais atenta ao evoluir de certos dossiês sensíveis. Também ajudaria a existência de um Provedor da Instituição (aparte o provedor da associação académica, entretanto designado pelo CG), que já propus na sede propria que fosse criado.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

"Não se sabe muito sobre as participações da UM noutras entidades e o custo dessas participações"

A crise exige

(título de mensagem, datada de Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010, disponível em Prálem d`Azurém)

Fundações: ”seguem ou observam o disposto para as demais instituições de ensino superior […]”

“As instituições de ensino superior que adoptem a forma de fundação pública com regime de direito privado, designadamente por via da transformação em universidades-fundação – que é ocaso mais paradigmático – seguem ou observam o disposto para as demais instituições de ensino superior em aspectos tão diversos como a administração, a autonomia, a competência disciplinar e o regime fiscal, a estrutura orgânica, a gestão de recursos humanos, o financiamento do Estado e o regime de propinas e a acção social escolar”.
Catarina Serra

[p. 91 - excerto de artigo disponível em: Serra, Catarina (2009), "O novo modelo aplicável às universidades e às escolas - as fundações públicas com regime de direito privado: regime jurídico desconhecido... ou simplesmente temido?", Themis, Ano IX, Nº 17, pp. 75-108.]

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (26)

A diferença entre o que se diz e o que se faz na UMinho é, amíude, incomensurável. Acerca de meia dúzia de meses discutia-se na Instituição, e no CG, as condições subsistentes para a implementação de uma coisa que alguém, por ironia, decidiu designar por contrato de confiança. Não estando asseguradas até então condições mínimas para o funcionamento de aulas em regime pós-laboral, interpelado sobre o assunto, o reitor prometeu que seriam implementadas as medidas necessárias para ultrapassar a situação, que, obviamente, passavam pela existência de pessoal de apoio nos complexos pedagógicos durante o horário de funcionamento das aulas e pela existência de serviços de bar.
Agora que o ano lectivo está em pleno funcionamento, pese a berraria que ainda subsiste nos campi, que pode concluir-se sobre o cumprimento de tais compromissos? Naturalmente, quem já esteve nos complexos pedagógicos a essas horas tem já a resposta. Para os demais, fica a informação/confirmação da distância que vai entre o que se promete (nas alturas em que fica bem fazê-lo) e o que se concretiza (na esperança de que, mais tarde, ninguém se recorde do que foi prometido). Máquinas de serviço automático não faltam (e talvez não fizessem mesmo falta), efectivamente, mas o resto senhor…
J. Cadima Ribeiro

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CG: reunião da ´Comissão de Planeamento e Assuntos Financeiros`

Data e hora propostas: dia 3 de Novembro, pelas 10:00 horas.
Local: Sala de Reuniões da Reitoria, Largo do Paço.
Agenda: reunião preparatória da "Reunião Ordinária do Conselho Geral do dia 22 de Novembro".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Comissões especializadas do CG (IV)

Comissões especializadas do CG,
nos termos de deliberação do órgão de 27 de Setembro pp.

Comissão de Inovação e Interacção com a Sociedade (incluindo instituições de Ensino e de I&D, Organizações do Tecido Produtivo, Organizações da Esfera Cultural, mecenato, etc.)
Ana Cristina Gomes Cunha
Ana Paula Pereira Marques
Margarida Paula Pedra Amorim Casal
Ana Rita Bastos Ribeiro
Álvaro J. B. Laborinho Lúcio
António Pacheco Murta
João Manuel Sousa Duarte Fernandes
João Maurício Fernandes Salgueiro

domingo, 17 de outubro de 2010

CG: reunião da ´Comissão de Governação e de Assuntos Institucionais`

Data e hora propostas: dia 28 de Outubro, pelas 10:00 horas.

Local: Sala de Reuniões da Reitoria, Largo do Paço.

Agenda: reunião preparatória da "Reunião Ordinária do Conselho Geral do dia 22 de Novembro".


(cortesia de MFF)

sábado, 16 de outubro de 2010

Acta da reunião do CG de 5 de Julho pp.

Acta nº 3 da Reunião do Conselho Geral de 5 de Julho de 2010
*

Comissões especializadas do CG (III)

Comissões especializadas do CG,
nos termos de deliberação do órgão de 27 de Setembro pp.

Comissão para a Investigação, Ensino, Qualidade e Avaliação (incluindo vertentes académica e de investigação)
Álvaro Iriarte Sanroman
José Manuel Esgalhado Valença
Manuel Joaquim da Silva Pinto
Luís Miguel Ferreira da Silva Rodrigues
Alcino J. Silva

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Boas práticas

Embora o governo do país esteja muito longe de ser sinónimo de boas práticas, é interessante constatar que também do novo Regimento da AR se pode extrair uma norma que se sugere ser um bom exemplo daquilo que devia feito no quadro da preparação dos dossiês de suporte às reuniões do Conselho Geral da UMinho mas que, manifestamente, até ao presente, não parece ter havido vontade de considerar.
Considere-se o excerto relevante do texto:
"Artigo 131.º
Nota técnica
1 — Os serviços da Assembleia elaboram uma nota técnica para cada um dos projectos e propostas de lei.
2 — Sempre que possível, a nota técnica deve conter, designadamente:
a) Uma análise da conformidade dos requisitos formais, constitucionais e regimentais previstos;
b) Um enquadramento legal e doutrinário do tema, incluindo no plano europeu e internacional;
c) A indicação de outras iniciativas pendentes, nacionais e comunitárias, sobre idênticas matérias;
d) A verificação do cumprimento da lei formulário;
e) Uma análise sucinta dos factos, situações e realidades que lhe respeitem;
f) Um esboço histórico dos problemas suscitados;
g) Apreciação das consequências da aprovação e dos previsíveis encargos com a respectiva aplicação;
h) Referências a contributos de entidades que tenham interesse nas matérias a que respeitem, designadamente os pareceres por elas emitidos.
3 — Os serviços da Assembleia enviam a nota técnica à comissão parlamentar competente no prazo de 15 dias a contar da data do despacho de admissibilidade do respectivo projecto ou da respectiva proposta de lei.
4 — A nota técnica deve ser junta, como anexo, ao parecer a elaborar pela comissão parlamentar e acompanhar a iniciativa legislativa ao longo de todo o processo legislativo."
Não pondo grande expectativa que as boas práticas nesta dimensão da vida da Instituição (à semelhança de muitas outras) comecem a ganhar algum espaço, aqui fica o registo.
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J. Cadima Ribeiro

(cortesia de MFF)

Comissões especializadas do CG (II)

Comissões especializadas do CG,
nos termos de deliberação do órgão de 27 de Setembro pp.

Comissão de Planeamento e Assuntos Financeiros (incluindo recursos da Universidade: humanos, infra-estruturais, etc.)
Jorge Manuel Rolo Pedrosa
José António Cadima Ribeiro
Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues
Alexandra Maria Marques Fernandes
João Maurício Fernandes Salgueiro

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Comissões especializadas do CG (I)

Comissões especializadas do CG,
nos termos de deliberação do órgão de 27 de Setembro pp.

Comissão de Governação e de Assuntos Institucionais (incluindo assuntos Estatutários e Organizacionais)
António Cândido de Oliveira
Licínio Carlos Viana da Silva Lima
Pedro Carlos Silva Bacelar de Vasconcelos
Pedro Daniel de Sousa Couto Soares
Maria Fernanda Teixeira Ferreira
Luís G. Braga da Cruz

Fundações: ”o contrato pode prever o regresso da entidade ao regime não fundacional”

“Deve dizer-se que a aplicação do modelo fundacional à instituição ou unidade orgânica não é irreversível: o contrato pode prever o regresso da entidade ao regime não fundacional, designadamente através do condicionamento da operação definitiva ao decurso de uma espécie de período experimental, ou nos termos da lei ´de um período inicial de funcionamento sujeito a avaliação específica` (cfr. nº 4, in fine, do art. 129º do RJIES).”
Catarina Serra
[p. 90 - excerto de artigo disponível em: Serra, Catarina (2009), "O novo modelo aplicável às universidades e às escolas - as fundações públicas com regime de direito privado: regime jurídico desconhecido... ou simplesmente temido?", Themis, Ano IX, Nº 17, pp. 75-108.]

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Governo suspendeu [...] até Dezembro de 2010 os concursos internos [...] para as carreiras gerais e especiais"

Notícia Económico
Estado congela concursos só para progressões na carreira:
http://economico.sapo.pt/noticias/estado-congela-concursos-so-para-progressoes-na-carreira_101414.html

(notícia identificada a partir da respectiva referenciação em UM para todos)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (25)

Uma reunião de um órgão pode muitas vezes ser razoavelmente retratada recorrendo a um conjunto restrito de ideais fortes ou frases que são enunciadas no seu decurso. No quadro de outras notas soltas produzidas a propósito, já foram deixadas algumas.
Invocam-se de seguida mais umas quantas, reportadas a diferentes temas e enunciadas em distintos momentos da sessão:
i) “Nesta ocasião a situação em Aveiro não está ainda muito clara e é cedo para fazer um balanço” (da implementação do estatuto de fundação, entenda-se);
ii) “Cursos pós-laborais a terminar às 20,00 horas? Será verdade? Quem decidiu tal política?”;
iii) “Não é pelo aumento das propinas que podemos lá chegar” (ao aumento significativo das receitas próprias da Instituição, esclareça-se);
iv) “As Escolas poderão abrir concursos quando tiverem os seus regulamentos prontos” (regulamentos de concursos de promoção de professores, precise-se).
Não se interpretem as aspas como reprodução rigorosa de declarações de alguém. São, apenas, reprodução, que se pretende fiel, de tomadas de posição ou questionamentos ocorridos em sede de reunião do CG. São, neste contexto, informação que se supõe que possa ser útil a uma Academia que deseja estar bem informada do que se passa na Instituição.
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J. Cadima Ribeiro

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exotismos

1. Já mais do que uma vez tive oportunidade de me referir ao desconforto com que algumas pessoas e entidades lidam com a informação. Por eles(as) o “lápis azul” ainda existia. E não me estou a referir só ao governo de Sócrates.
2. Numa Escola da UMinho assistiu-se ultimamente ao desenrolar de uma série de estranhos incidentes. Timidamente, um blogue dá uma breve notícia disso, relatando ipsis verbis alguns detalhes do acontecido, em verdade, coisas do arco-da-velha. Fá-lo na expectativa de que alguém se interesse pelo assunto.
3. Enquanto há quem diz que vai resolver o problema e enquanto os requerimentos e as mensagens de correio electrónico vão andando de um lado para o outro, substantivamente tudo permanece na mesma. Na mesma é uma forma de dizer já que houve quem tivesse que assegurar serviços que não lhe tinham sido atribuídos e houve quem, com paninhos quentes, tentasse que o problema não ganhasse maior e mais dramática dimensão.
4. Posto o arrastar da situação e a inércia instalada, o blogue que já se tinha referido (timidamente) ao assunto, volta à carga alguns dias depois. Desta vez, de forma mais veemente, relatando factos, uma vez mais. O “sistema” reage com desconforto e o assunto tem o esclarecimento formal que urgia mas não aparecia.
5. A abrir a 4ª semana, ainda nem tudo está resolvido mas parece caminhar nesse sentido. É então que surge distribuída na Escola uma “nota informativa” onde, no essencial, se enumeram vários dos factos já relatados mas, sobretudo, se crítica “a boataria e os bogs que só tem contribuído para prejudicar a imagem de[…]”. Gera-se-me daqui a dúvida se factos e “boataria” não passam de uma e mesma coisa. Por outro lado, fica igualmente a dúvida se é a ausência de informação que alimenta a “boataria” ou se é porque há informação que se cria espaço para a “boataria”. Sobre como estas coisas interagem com a imagem também é problemática que creio ser melhor deixar para ocasião mais oportuna.
6. Última peça da "nota informativa": “[dada a inoperância do Departamento em solucionar o problema […], a Escola[…]”. É remate brilhante, sem dúvida, para quem primou pela operacionalidade e eficácia ao longo das três semanas já corridas. Não somos injustos ao ponto de dizer que o problema tinha resolução fácil. Lida(va)-se com pessoas, para mais em situação crítica, mas… E depois fala-se de imagem de e, se calhar, de transparência de procedimentos, e de lealdade institucional e de … uma série de coisas que se sabe não terem substância alguma em razão de…

J. Cadima Ribeiro

"Há uns anos atrás uma licenciatura era a porta aberta para o emprego"

A Teoria da conspiração sobre os alunos das Universidades

(título de mensagem, datada de Sábado, 9 de Outubro de 2010, disponível em Prálem d`Azurém)

domingo, 10 de outubro de 2010

Fundações: a proposta do reitor deve “fundamentar-se nas vantagens da adopção daquele modelo de gestão”

“[…] a proposta deve, no caso da transformação de uma instituição, fundamentar-se nas vantagens da adopção daquele modelo de gestão e de enquadramento jurídico para o prosseguimento dos seus objectivos (cfr. nº. 2 do art. 129º. do RJIES) e, em qualquer caso, ser instruída com um estudo acerca das implicações da operação sobre a organização, a gestão, o financiamento e a autonomia da instituição ou unidade orgânica ((cfr. nº. 3 do art. 129º. do RJIES). O que equivale a dizer que é à universidade que cabe demonstrar que pode e deve transformar-se em fundação.”

Catarina Serra
[p.90 - excerto de artigo disponível em: Serra, Catarina (2009), "O novo modelo aplicável às universidades e às escolas - as fundações públicas com regime de direito privado: regime jurídico desconhecido... ou simplesmente temido?", Themis, Ano IX, Nº 17, pp. 75-108.]

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Uma atividade profissional cada vez mais burocratizada"

Artigo A Cabra
A nova condição dos professores universitários:
http://acabra.net/artigos/a-nova-condio-dos-professores-universitrios
*
(referência que nos chegou via MJMatos - Que Universidade?)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (24)

Em nota anterior já me referi às novidades que vieram da última reunião do CG em matéria de debate sobre a eventual passagem de UMinho para o estatuto de Universidade-fundação, que aliás, naturalmente, ocupou um tempo significativo da reunião. Também já me referi à falta de entusiasmo com que a “proposta” do reitor foi recebida. Disso são expressão ditos do tipo: “Ainda há muitas zonas cinzentas nesta matéria”; ou “agrada-me ver que há tantas dúvidas e questões sobre este assunto”.
No meio dessas dúvidas e questões há entretanto uma que é central, a saber: “Estamos preparados do ponte de vista de valências para o sermos (fundação)?". E outra, ainda: preenchemos o requisito de auto-financiamento que está fixado para o efeito? Ao que parece não, posto que “o peso relativo das receitas próprias andará pelos 35 a 40%” das receitas totais.
Estas são razões adicionais para não tratar com leviandade esta matéria e, desejavelmente, estender o debate a promover à própria comunidade local e regional, aparte a comunidade académica.

J. Cadima Ribeiro

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"55% dos licenciados não arranja emprego em menos de um ano"

Notícia Jornal de Negócios
Licenciados têm mais dificuldades para arranjar trabalho do que se tivessem 9º ano:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=446951
*

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Crónicas do quotidiano: simplificação de procedimentos, desburocratização de processos, plataformas electrónicos e falta de bom-senso

Numa altura em que tanto se fala de desburocratização, simplificação de processos, uso de plataformas electrónicas como instrumento de facilitação da relação entre as pessoas e a administração, agilização de procedimentos, qualidade e sistemas de qualidade, é “surpreendente” constatar que, trantando-se de financiamento da investigação académica, “a burocracia começa na FCT, que não tem cessado de tornar mais complexos e singulares os processos de candidatura às suas bolsas. Daí a pergunta: não é por aí que se deve começar por diminuir a burocracia?
Um exemplo também muito sui generis de simplificação de procedimentos e de estímulo ao uso generalizado de plataformas electrónicas no apoio ao ensino é a UMinho que, tendo optado pela adopção de uma plataforma electrónica que além de não ser de “livre acesso” nunca teve entre os seus atributos ser “amigável”, quando entendeu (isto é, a sua reitoria) fazer dela um instrumento básico do seu “sistema de qualidade”, ainda achou por bem torná-la menos “amigável”. Esse é, claro está, o caminho mais certo para o fracasso. Estranhamente, alguns continuam a não percebê-lo.
Como me(nos) transmitia ainda ontem uma colega (cito), “Fico sempre apreensiva quando me falam de ´novos` programas de computador para nos facilitar a vida. A prova está na nova plataforma e-learning que usava já há 3 anos e que agora ficou bastante mais complexa devido às alterações que se fizeram para facilitar o ensino. De tal forma, que agora vamos receber nova formação já agendada em várias sessões entre Outubro deste ano e Janeiro de 2011!” (PCR). Valha-nos Deus, dirão os crentes.

J. Cadima Ribeiro

domingo, 3 de outubro de 2010

À margem do CG: algumas notas soltas (23)

Conforme deixei registado na ocasião, uma das notas mais salientes da reunião do CG de Julho pp. foi o abandono do órgão (e da UMinho – seguramente, à procura de melhores ambiente social e oportunidades de realização profissional) por parte de Pedro Oliveira, até então, professor da Escola de Engenharia. Em resultado dessa saída, veio substituí-lo Ana Cristina Cunha, professora da Escola de Ciências, que já participou na reunião realizada há poucos dias, e a quem renovo desejo de que tenha um mandato feliz.
A entrada pareceu-me auspiciosa, ao assumir-se agradada que houvesse “tantas dúvidas e questões” sobre a problemática da eventual passagem da UMinho para o estatuto de Universidade-fundação. No actual contexto de deriva do governo e da tutela em matéria de orientações para o país e para o sistema de ensino superior nacional, bizarra é a posição daqueles que parecem não ter dúvida alguma do mérito da solução para a qual Gago tentou empurrar o Técnico, primeiro, e, depois, várias outras instituições, algumas das quais aceitaram fazer-lhe o frete.
De bom augúrio é também que a colega Ana Cristina Cunha se reconheça na figura de “estudante da vida”: “somos todos estudantes da vida”, disse na sua segunda e última intervenção do dia.
Esperemos que a coincidência de apelido que mantém com o reitor (que não parece resultar de afinidade familiar com aquele, o que não é o caso de todos os demais membros do CG), não seja, por contrapartida, mau presságio.

J. Cadima Ribeiro

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CG da UMinho: calendário de reuniões de 2011

24 de Janeiro;
2 de Maio;
18 de Julho;
26 de Setembro;
21 de Novembro.

Nota: prevê-se a realização de seminários/debates públicos para discussão da eventual passagem da UMinho para o estatuto de fundação a
17 de Janeiro
e
24 de Janeiro.

NDNR

À margem do CG: algumas notas soltas (22)

A participação em e a constituição de entidades “empresariais” externas por parte das universidades públicas portuguesas é matéria que, de quando em quando, gera controvérsia. Adicionalmente, há instituições que fazem ponto de honra em tratá-las como matéria altamente reservada, tão reservada que se chega ao ponto de não haver registo do montante da respectiva participação no capital social, dos fins prosseguidos por essas entidades, dos resultados financeiros apurados anualmente, entre outras coisas básicas. No meio de tudo isso, o mais curioso é alguém constatar que integra os corpos sociais de uma entidade que desconhece. Pode parecer uma coisa do arco-da-velha, mas acontece.

J. Cadima Ribeiro